Com a pandemia, muitas redes de franquias apostaram na implementação de serviços de delivery em seus modelos tradicionais. Já outras, vão além e investem em negócios que atuam exclusivamente com delivery.
Chamado de dark kitchen, o modelo com foco exclusivo em delivery já conquistou adeptos no franchising e promete ganhar ainda mais espaço no mercado brasileiro.
De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF) em parceria com a Galunion, 45% dos entrevistados enxergam a dark kitchen como principal estratégia para expansão no pós-pandemia.
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“O delivery foi muito impulsionado pela pandemia, mas é uma modalidade que mudou de patamar: as pessoas se habituaram a comprar quase tudo pela internet e receber em casa. Pesquisas recentes em todo o mundo indicam que esse comportamento veio para ficar”, afirma Rodrigo Catani, head de eficiência operacional da AGR Consultores.
Segundo o Statista, os pedidos online de comida para delivery devem movimentar uma receita de US$ 136,4 milhões no mundo todo em 2020. Até 2024, a projeção é de que esse número chegue a US$ 182,3 milhões.
Aqui no Brasil, o franchising já sente esse crescimento. O delivery dobrou seu peso no faturamento das franquias de alimentação neste ano. A participação na receita subiu de 18% para 36%, segundo o estudo da ABF/Galunion.
Franquias para trabalhar com delivery
Se interessa pelo modelo dark kitchen e quer trabalhar exclusivamente com delivery? A seguir, você confere algumas opções de franquias que oferecem esse formato.
Dark kitchen é oportunidade com baixo custo
Não é só a popularidade entre os consumidores que torna as franquias com foco em delivery atrativas. A modalidade dark kitchen também chama a atenção de empreendedores pela oportunidade de abrir um negócio com investimento reduzido.
“Investir em um modelo de negócios que opera exclusivamente com delivery significa operar com alguns custos reduzidos, pois o investimento em aluguel do imóvel é significativamente menor, não é necessário investir em fachada, layout, salão, mesas e cadeiras e a localização não precisa ser tão privilegiada”, aponta Rodrigo Catani.
Com isso, muitas redes conseguem oferecer franquias baratas para operação com foco total em delivery. Em alguns casos, é possível até mesmo trabalhar da cozinha de casa.
Além do baixo investimento inicial, as franquias de dark kitchen também possibilitam operar com custos operacionais menores.
Catani destaca: “não será necessário ter equipe de atendimento ao cliente, mas sim uma boa equipe para captação dos pedidos, que podem chegar de diversas origens, como telefone, internet e dos aplicativos”.
Desafios do delivery
Para uma franquia de alimentação ter sucesso operando exclusivamente com delivery é preciso se atentar à eficiência da operação no dia a dia. Entregar o pedido ao cliente com qualidade e agilidade são pré-requisitos para prosperar nesse ramo.
Para tanto, deve-se estimar um tempo de entrega realista e não muito longo. E, o mais importante: é preciso cumprir essa estimativa.
As embalagens dos pedidos também merecem um cuidado especial. Avalie quais embalagens são mais adequadas para preservar a integridade do prato, que deve chegar na casa do cliente em ótimas condições.
Outro desafio é impulsionar as vendas. Em uma dark kitchen, o empreendedor não recebe a visita do cliente e, sem esse ponto comercial, perde-se a compra por impulso. Assim, vale pensar em alternativas para potencializar as vendas.
“Vale a pena pensar em combos ou pacotes que permitam ao consumidor experimentar algo novo ou levar algo a mais por um pequeno aumento de valor. Isso faz com que o ticket médio aumente, o que é muito importante para qualquer negócio”, recomenda Catani.
O especialista da AGR Consultores indica ainda firmar parcerias com aplicativos de delivery populares na região, como o Rappi, iFood e Uber Eats. “O franqueado não pode ficar esperando cair pedidos. Tem que fazer um trabalho proativo de divulgação nos bairros e ruas com público-alvo adequado ao seu produto”, complementa.
Como escolher uma franquia
Na hora de escolher uma franquia de dark kitchen, é necessário ter atenção aos detalhes.
“Para se destacar nesse modelo é preciso contar com uma marca que se destaque junto aos consumidores pela qualidade dos produtos e pela presença digital, crucial nos dias de hoje”, diz Catani.
Além da presença digital, analisar o suporte prestado pelo franqueador é um passo importante. Confira se a rede oferece apoio em áreas como comercial, operacional e gestão de pessoas, além de investimento em marketing e parcerias com serviços de delivery.
Contar com manuais e treinamentos que garantam a padronização do produto também é importante para a qualidade do atendimento prestado. Pergunte à franqueadora sobre fornecedores homologados, matérias-primas e embalagens.
Estudar o contrato de franquia é outra etapa crucial. Para Catani, “um ponto de atenção que pode ser detalhado é a área de atuação de cada franqueado. Em um modelo de delivery, é importante delimitar até onde vai a área de atuação de cada franqueado para não gerar conflitos desnecessários”.
Por fim, avalie se a franquia realmente está preparada para atuar com um modelo 100% delivery: processos, logística e canais de venda fazem toda a diferença e precisam estar bem alinhados.
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