O mercado de franquias brasileiro já está em movimento de recuperação. Em junho, o setor registrou uma redução nas perdas em faturamento pelo segundo mês consecutivo.
A queda média no faturamento das franquias foi de 30,1% em junho. Em maio, esse número foi de 41% e, em abril, de 48,2%.
A informação é de um estudo da Associação Brasileira de Franchising (ABF), em parceria com a empresa de pesquisas AGP, que está acompanhando mensalmente os impactos da pandemia de Covid-19 no setor de franquias.
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A reabertura gradual da economia em alguns estados, o aumento de unidades em operação e a ampliação de outros canais de venda, com foco no digital, são apontadas como as principais causas da recuperação no faturamento.
De acordo com André Friedheim, presidente da ABF, além da reabertura, as franquias tiveram mais tempo para desenhar e implantar planos de contingência e, também, algumas linhas de crédito começaram a chegar a pequenas e médias empresas, o que contribuiu para a redução nas perdas.
“Acreditamos que as bases para um segundo semestre melhor estão lançadas, mas será necessário ainda muito trabalho e coordenação do setor e das autoridades para consolidar um ambiente de maior confiança para o consumidor retomar seus hábitos e, consequentemente, dar mais fôlego aos negócios na ponta”, afirma Friedheim, em nota divulgada à imprensa.
Os segmentos mais prejudicados continuam sendo Entretenimento e Lazer, e Hotelaria e Turismo. Já os menos afetados pela pandemia seguem sendo Saúde, Beleza e Bem-Estar; Serviços e Outros Negócios; e Serviços Educacionais.
O estudo aponta ainda que 12% das unidades de franquias estiveram fechadas temporariamente em junho, enquanto 0,8% foram encerradas definitivamente. A taxa de repasses de unidades ficou em 0,2% em junho.
Expectativas para a recuperação
Neste mês, o estudo ABF/AGP traz um novo dado: a expectativa das redes de franquias para a recuperação dos níveis de faturamento antes da pandemia.
De forma geral, as expectativas são otimistas. 42,7% das redes espera que essa recuperação ocorra ainda em 2020, e 31,4% esperam ter recuperado o faturamento no primeiro trimestre de 2021. Já 14,8% das franquias esperam que isso aconteça no segundo semestre de 2021.
A expectativa varia de acordo com os segmentos. Alimentação, Moda e Serviços Educacionais têm uma expectativa mais dilatada para recuperar o faturamento pré-Covid-19.
“Até áreas muito afetadas como Turismo e Lazer começaram a ter perspectivas futuras melhores uma vez que os consumidores têm buscado mais viagens de carro e/ou de pequena duração e se começou a discutir o retorno dos cinemas e outras atividades em pequenos grupos e com restrições”, pontua o presidente da ABF.
Já o segmento de Serviços e Outros Negócios vê esse retorno acontecendo no início do segundo semestre.