Lembro-me que quando era criança, quando ouvia os “adultos” falarem sobre trabalho, sempre tinha alguém desejando mudar de cidade ou Estado. Há pouco tempo, o grande desejo de muitos era trabalhar em uma empresa moderninha, com videogames, puffs, salas de descanso, tobogãs, cozinhas equipadas e sei lá mais o quê para disfarçar o fato de que a vida pessoal deveria ficar no plano B porque a ideia era praticamente morar na empresa (mas esse tema fica para outro artigo).
De repente a gente se viu em meio a uma pandemia, e tudo mudou. Graças a necessidade de isolamento social para conter o vírus, o home office – com suas dores e delícias – virou realidade para a maioria dos profissionais. Muito mais do que uma necessidade para cumprir o isolamento, o home office é a oportunidade de fugir do trânsito, de ter mais tempo para a família, de comer melhor. Sempre foi o desejo de muitos e veio para ficar – é só ver o número de empresas que desativaram seus escritórios de forma definitiva, independentemente da pandemia.
Para muitas empresas, o home office era algo nunca imaginado, e pandemia foi a prova de que ele é viável, possível e produtivo. Ao mesmo tempo, muitos funcionários sentem falta da rotina do escritório, do almoço com os amigos.
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Mesmo com tudo isso acontecendo no mundo, para alguns empresários colocar a equipe de home office ainda é um tabu e os velhos hábitos de gestão ainda permanecem confundindo presença com produtividade. Não é raro receber perguntas de gestores preocupados em como controlar a equipe e saber se estão no computador ou assistindo TV, quando a preocupação deveria ser, unicamente, se estão entregando o que pertence às suas atribuições ou não. Visões que precisam evoluir.
A meu ver, o home office é um caminho sem volta, e mostrou-se uma forma de trabalho excelente. E no pós-pandemia, o número de profissionais que vai preferir trabalhar de casa, ou ao menos trabalhar no formato híbrido – parte em home office, parte no escritório (ou em atividades externas) será enorme. Arrisco dizer que serão maioria.
Estar o tempo todo dentro de um escritório ficou, definitivamente, fora de moda.
Novos tempos.