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Licenciadora e franqueadora: entenda a diferença entre as duas opções

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Quem pensa em empreender provavelmente já se deparou com a possibilidade de comprar o modelo de negócio de uma licenciadora ou uma franquia.

Entretanto, apesar dos termos parecerem seguir no mesmo caminho, cada uma dessas possibilidades tem caraterísticas diferentes.

Para entender as especificidades de uma licenciadora e de uma franqueadora, o Guia preparou uma matéria com a participação de especialistas e profissionais que estão à frente das duas modalidades. Confira!

O que é franquia?

As franquias fazem parte de um sistema no qual os empreendedores adquirem o direito de representar uma marca e replicar o seu modelo de operação. Basicamente, eles pagam para poder usar o logo, receber treinamento e suporte e comercializar os produtos e serviços da franqueadora.

Entre os exemplos de franquias mais conhecidas estão o McDonald’s, O Boticário, Burger King, Kumon, Cacau Show e Havaianas.

Quando comparada com as licenciadoras, as franquias se destacam em alguns aspectos. Clodoaldo Nascimento, presidente da ABF Rio, explica que a franqueadora autoriza um terceiro, intitulado franqueado, a explorar os direitos de uso da marca, propriedade da franqueadora, explorar direitos de distribuição em um mercado definido, utilizar um sistema de operação e gestão de um negócio formatado.

“O franchising é, na prática, uma estratégia comercial para obter maior distribuição de produtos e serviços, assim como maior expansão territorial para empresas. Enquanto estratégia comercial, o sistema de franquias estabelece uma plataforma de interesses comuns entre franqueadora e franqueados; tornando-os parceiros que trabalham sob um único sistema; parceiros que buscam sucesso e lucro mútuo”, afirma o presidente.

O que é uma licenciadora? 

A licenciadora também é uma opção de investimento que os investidores encontram no mercado brasileiro e que oferece o direito do uso de marca.

Entretanto, comparando com o franchising, a administração é mais individualizada, e os licenciados geralmente não contam com um suporte integral, como acontece com as franquias.

“O empreendedor compra apenas a licença para comercialização de produtos sob o nome da marca. Ou seja, a unidade licenciada faz sua comercialização de acordo com as diretrizes da empresa matriz que, por sua vez, oferece pouco suporte”, explica Clodoaldo.

Vantagens das franquias

Dener Lippert, CEO da V4 Company, elenca as principais vantagens que as franquias possuem. Entre elas:

Redução do risco

As franquias oferecem um formato de negócios já testado, o que reduz o risco de fracasso para o franqueado. Uma franqueadora que está no mercado há muitos anos e tem um histórico de sucesso tem mais chances de sobreviver a uma crise econômica, por exemplo.

Suporte da franqueadora

As franqueadoras oferecem suporte e treinamento aos franqueados, o que os ajuda a aumentar as chances de sucesso do negócio. Uma franqueadora pode oferecer capacitações sobre gestão, marketing, vendas e outros aspectos que ajudam o franqueado a se tornar bem-sucedido.

Negócio escalável

As franquias são um modelo escalável, o que permite que o franqueado expanda seu negócio com mais facilidade. Isso pode permitir que um mesmo franqueado tenha várias operações.

Vantagens das licenciadoras 

De modo geral, a vantagem mais significativa que as licenciadoras têm em comparação as franqueadoras é a facilidade no processo de compra e gerenciamento do negócio.

Elbio Armiliatto, Diretor de Franquias da Usaflex, que atua tanto com franquias como de licenciamento, explica que essa facilidade é importante e indicada em alguns casos.

Quem aposta no modelo de licenciamento tem um contrato menos burocrático e mais flexível, possuindo mais liberdade para decidir sobre a gestão do negócio, principalmente em relação às ações locais necessárias para o sucesso da operação”, explica o diretor.

Perfil do empreendedor para licenciadora e perfil para franqueadora

Além das diferenças nos formatos de operação de licenciamento e franquia, também existem perfis de empreendedores que podem se identificar mais com uma modalidade do que com outra.

Para o diretor da Usaflex, o perfil de um franqueado é de alguém com um nível de expectativa maior, exigindo uma contrapartida de prestação de serviço e suporte proporcional ao seu investimento, enquanto quem opta por um licenciamento busca um contrato mais flexível, mas sabe que não vai contar com um maior suporte e apoio da marca.

Já o CEO da V4 acredita que existem outras características que podem diferenciar o perfil de candidato para franquia e para licenciadora.

“Quem busca investir em uma franquia acredita no potencial do negócio a ponto de investir tempo e dinheiro para crescer junto com a marca escolhida, sabendo dos riscos mas também de tudo que o ecossistema dessa rede pode proporcionar. Já quem quer uma licenciadora está buscando por formas de comercializar produtos licenciados da forma que preferir, não olhando para o crescimento da marca como um todo, e sim para o que estes produtos podem agregar para o próprio empreendedor em um ecossistema próprio”, resume o CEO.

Certamente, essa identificação requer uma análise muito minuciosa antes de escolher um modelo de negócio para investir. Nessa autoanálise, o diretor da ABF Rio indica que o interessado seja justo com ele mesmo.

“É preciso muito estudo para entender qual o seu perfil de gestão e qual setor combina mais com sua disponibilidade. Seja ela para franquia ou para um licenciamento. É analisar se há uma identificação com o tipo de negócio a ser investido. Nessa hora honestidade com si mesmo é tudo, pois muito mais do que poder aquisitivo para iniciar o negócio, é preciso afinidade e dedicação para mantê-lo. Tomada a decisão de se abrir o negócio, se passa a análise de se por meio de uma franquia ou ter apenas um licenciamento”, finaliza Clodoaldo Nascimento.

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