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Starbucks é franquia? Tudo que você precisa saber

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Dentre as principais redes de cafeterias, a Starbucks é referência em todo o mundo. Com foco em venda de cafés, servidos seja quente ou gelado, além das opções de gostosuras para acompanhar as bebidas, a marca tem amplo alcance mundial: são 30 mil lojas em 78 países.

O número é de impressionar, assim como a história e a trajetória da Starbucks. Todo o sucesso inspira empreendedores que sonham em juntar-se à marca e abrir uma loja Starbucks. Mas, é preciso saber logo de cara: a Starbucks não é uma franquia. Nesta matéria, você vai entender melhor sobre como funciona a expansão da rede, além de encontrar outras oportunidades de investimento no setor de cafeterias. Boa leitura!

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A Starbucks tem seu nome inspirado em Moby Dick, romance estadunidense sobre as aventuras em alto-mar, as histórias dos primeiros navegadores que comercializavam café e a história de uma baleia cachalote que, mesmo ferida, conseguiu se defender dos caçadores.

A primeira loja da marca foi inaugurada em 1971, no Pike Place Market, em Seattle, Estados Unidos. À época, a cafeteria era, na verdade, uma loja especializada na venda dos melhores grãos torrados de café. O sucesso da loja estava no tipo de torra dedicado aos grãos, mais escura e feito no momento do pedido dos clientes, o que tornava a bebida mais encorpada.

Assim, a pequena loja começou a expandir os horizontes de negócios e estruturou atendimento também para cafeteria, se orgulhando da venda de cafés feitos com grãos selecionados e de alta qualidade. O crescimento e potencial de penetração em mercados para além mar aconteceu dez anos após a inauguração da primeira cafeteria.

Em 1981, Howard Schultz, hoje presidente e CEO da marca, conheceu a cafeteria e experimentou a primeira bebida preparada pela rede. O encantamento foi imediato e, um ano depois, o empresário ingressou no corpo de dirigentes da Starbucks.

De olho no potencial de crescimento e conquista de novos mercados, Howard projetou o plano de crescimento da Starbucks baseado nas cafeterias italianas: o aspecto romântico e a paixão pelo café, concentrados em um ambiente propício para a conversa entre os clientes, seria a inspiração das novas unidades da marca pelo país. Ao mesmo tempo, as cafeterias Starbucks entrariam no mercado na cultura de ser um ambiente intermediário entre casa e trabalho, próprio para compra de bebidas quentes ou geladas.

Após alguns anos investindo em uma rede própria de cafeterias, Howard adquiriu os direitos da Starbucks, junto a um time de investidores locais, apostando na expansão da marca por todo os Estados Unidos e também para o mundo. O modelo de cafeterias pelo qual a Starbucks é conhecida internacionalmente foi baseado na proposta de Howard com seu empreendimento próprio.

Além dos cafés feitos com torra especial, o modelo de negócio investiria também opções de latte, leite vaporizado com café expresso, coberto por espuma de leite; mocha, feito com café expresso, leite vaporizado, calda de chocolate e chantilly. As opções de receitas de bebidas foram se desenvolvendo, alimentando a paixão por café em todo o mundo.

No final da década de 1980, a marca já contava com 33 cafeterias em operação fora de Seattle: Chicago, nos Estados Unidos, e Vancouver, no Canadá, já contavam com atendimentos da Starbucks. Em 1988, começou a ser introduzido o sistema de venda por catálogo, em todo os Estados Unidos, o que popularizou ainda mais os produtos da rede.

Na década de 1990, já existiam 116 cafeterias em funcionamento e, em 1993, foi firmada parceria com a rede de livrarias Barnes and Nobles, estabelecendo a conexão entre venda de cafés e de livros.

Uma estratégia que impulsionou a venda de cafés, e abertura de novas unidades para além do território norte americano, foi a parceria firmada entre Starbucks e a companhia aérea United Airlines. Em 1996, a rede de cafeterias viu mais que dobrar o número de consumidores, uma vez que os cafés da marca começaram a ser servidos em voos pelo país: dentre os 80 milhões de norte americanos que viajavam de avião todos os anos pela United, cerca de 25% a 40% pediam café para beber nos voos.

No mesmo ano, a rede investiu em um projeto de expansão agressivo e inaugurou cafeterias no Havaí, no Japão e em Cingapura.

Starbucks no Brasil

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A rede de cafeterias mais famosa do mundo chegou ao Brasil pelas mãos de Maria Luisa Rodenbeck, ex-executiva da United Airlines, American Airlines e do Outback. A empresária fez a proposta de importar o projeto da Starbucks ao CEO da rede, Howard Schultz, em 1997.

Somente em 2005, Schultz deu início ao processo de expansão da marca para o Brasil, a partir da sociedade entre a rede Starbucks e o casal Rodenbeck, com participações de 49% e 51%, respectivamente. A primeira unidade foi inaugurada em 2006, na capital paulista.

Entretanto, a rede encontrou alguns desafios no mercado brasileiro, e pouco cresceu na última década. Com a proposta de investir para além do eixo Rio de Janeiro-São Paulo, no ano passado, a sede americana vendeu as operações brasileiras para o equity SouthRock, grupo proprietário da Brazil Airport Restaurants, marca especialista em alimentos e bebidas presente nos principais aeroportos do país.

A aposta para expansão no mercado brasileiro não é à toa. Além de ter como base o sucesso internacional das cafeterias espalhadas pelo mundo, o consumo de café no Brasil é promissor. A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) indica que, no último ano, o consumo de café no país cresceu 5%. O consumo interno atingiu 21 milhões de sacas entre novembro de 2017 e novembro de 2018, uma média de consumo de seis quilos de café por habitante. Este resultado, com crescimento positivo, mantém o Brasil como segundo maior mercado consumidor de café do mundo.

Como investir em uma unidade Starbucks

Como já falamos, a Starbucks não é uma franquia. O modelo de negócio para investimento nas cafeterias da Starbucks é o de licenciamento, adotado em todos os mercados em que a rede está presente: dentre as mais de 30 mil cafeterias, 13 mil são licenciadas.

Atuando a partir de modelo de licenciamento, um diferencial do empreendimento Starbucks é a compreensão dos empreendedores como parceiros da rede.

Para os brasileiros, no caso, que irão operar modelo de cafeteria fora do território norte americano, é necessário pedir autorização para investimento na marca, explicitando em qual mercado local se deseja inaugurar uma unidade.

Diferentemente do sistema de franquias, no modelo de licenciamento, o empreendedor investe no direito de usar a marca e vender os produtos, com mais independência na gestão do negócio.

No franchising, por exemplo, é comum que as redes franqueadoras exijam que os franqueados atuem conforme padronização de gestão e operação da unidade no mercado. Já no licenciamento, não há obrigações em seguir padrões estabelecidos. O empreendedor é quem decide o esquema de trabalho, em contrapartida, a marca não tem obrigação em transmitir know-how ao empreendedor, como é estabelecido pela Lei de Franquias.

Ao atuar como licenciado Starbucks, o empreendedor fica autorizado a fazer uso da marca e de todos os produtos comercializados pela rede. Apesar de não ter transferência de know-how, como acontece nos treinamentos aos franqueados, a rede oferece apoio às formas de gerenciamento, atendimento e preparação das bebidas. O principal diferencial para a modalidade de licenciamento é que, ao estar à frente do negócio e dispondo dos conhecimentos para operação da cafeteria, o empreendedor decide a melhor forma de atuação.

Por meio do pedido de licenciamento, a rede realiza uma análise sobre o perfil do candidato: dados pessoais, informações financeiras, plano de negócio, entre outros costumam ser solicitados. O plano de negócio deve contar localização em mente para instalação da cafeteria, com foco em diferencial, competitividade, estratégia e posicionamento.

O mercado de cafeterias no Brasil

O café é uma das paixões do brasileiro e isso todo mundo sabe. O crescimento do consumo da bebida no país é constante, movimento que propicia o investimento em modalidades de negócio que focam na venda da bebida. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), no país existem mais de 3,5 mil espaços dedicados à venda de cafés, com projeção de aumento para os próximos anos.

O mercado também vive um crescimento de cafés gourmets, entendida como a terceira onda de consumo da bebida. Ainda de acordo com a Abic, este tipo de consumo volta-se para bebidas mais sofisticadas, feitas à base de café, com maior número de cafeterias e lojas especializadas na preparação e venda da bebida, com foco especial às bebidas feitas em processos automáticos.

Este novo tipo de consumo também é conhecido pela maturidade: as cápsulas, que viviam um cenário de crescimento exponencial, agora entram em uma onda de maturação, com concorrência presente em cafeterias de diversos formatos.

A pesquisa da Abic também demonstra crescimento em tipos de consumo de café. Para a Associação, o consumo de café em pó atingiu 81% no último ano, e de cafés expressos e em cápsulas 19% da demanda nacional. A pesquisa informa que o crescente aumento do consumo no país demonstra para investidores do ramo que o consumo interno da bebida continua tendência até, pelo menos, o ano de 2021, com crescimento estimado de 3,5% ao ano.

A Abic destaca ainda um ponto interessante sobre o perfil do brasileiro apaixonado por café. O nível de exigência em relação ao pó e preparo da bebida está cada vez mais alto. De acordo com a Pesquisa do Consumo de Café no Brasil, também realizada pela Associação, os brasileiros estão conhecendo mais a fundo os atributos e propriedades do café, características intrínsecas, diferenças das formas de preparo, diferenças das regiões produtoras, entre outras informações específicas.

Franquias de cafeteria

Apesar de não existir franquias Starbucks, o mercado nacional está cheio de opções de franquias de cafeterias para quem deseja entrar nesse setor por meio de franchising.

Abaixo, selecionamos algumas opções de franquias que trabalham com atenção especial ao mercado de cafeterias. As informações sobre as marcas e dados de investimento nos modelos de negócio são divulgados pela ABF ou fornecidos pelas próprias marcas.

Saboreateycafe

Em expansão por franchising desde 2005, a Saboreateycafe trabalha com modelo de cafeteria especializada tanto na preparação e venda de cafés, como de chás especiais. Os clientes também encontram, além das bebidas quentes, opções de almoço, salgados, sanduíches e outros lanches. Aos franqueados, são destinados quatro modelos de franquia, que variam de acordo com as dimensões do ponto comercial.

Investimento total: R$ 38 mil a R$ 168 mil
Taxa de franquia: R$ 14 mil a R$ 48 mil
Royalties: 4% do faturamento
Faturamento médio: R$ 60 mil
Prazo de retorno: de 10 a 30 meses

Nação Verde

A linha de cafés Almazen é um dos destaques da Nação Verde. A marca investe na fabricação própria, com cafés provenientes de pequenos agricultores e comercializa apenas com variedades single, sem trabalhar com blend de café. Entre os formatos de franquia da Nação Verde estão modelos com empório, lanchonete e cafeteria.

Investimento total: a partir de R$ 75 mil
Taxa de franquia: R$ 35 mil a R$ 95 mil
Royalties: R$ 250 a R$ 1,5 mil (fixo)
Faturamento médio: R$ 25 mil a R$ 120 mil
Prazo de retorno: 24 a 48 meses

Mineira Cafeteria

A rede de franquias Mineira Cafeteria trabalha com a produção e venda de cafés especiais, além de investir no amplo cardápio de lanches e quitutes relacionados à culinária mineira. Os clientes encontram pão de queijo, croissant e chipa, além de outros salgados: pizza, esfiha, pão de batata, enroladinho de presunto, tortas salgadas e doces, entre outras opções. A franquia da rede é de cafeteria completa.

Investimento: R$ 88,2 mil a R$ 166,4 mil
Taxa de franquia: R$ 18 mil
Royalties: 1 salário mínimo
Faturamento médio: R$ 50 mil
Prazo de retorno: de 18 a 36 meses

Sterna Café

Fundada em 2015 e em expansão por franchising desde a inauguração, a Sterna Café é uma rede de cafeterias que tem como diferencial no mercado a origem dos grãos e modos de preparo da bebida. Os fundadores da rede viajaram por mais de 60 países experimentando e vivenciando outras culturas, para trazer ao Brasil os melhores métodos de preparo da bebida. As franquias são em formato loja ou quiosque, com investimento a partir de 130 mil reais.

Investimento inicial: R$ 130 mil a R$ 305 mil
Taxa de franquia: R$ 40 mil
Royalties: 4% do faturamento total
Faturamento médio: não informado
Prazo de retorno: de 24 a 36 meses

Fran’s Café

Em operação há quase 50 anos, a Fran’s Café é uma rede de cafeterias presente em todo o território nacional, com mais de 130 lojas ativas no Brasil. Além de diversas opções de café, o mix de produtos oferece aos clientes opções de salgados, sanduíches, refeições e sobremesas. São dois modelos de franquia: station, o modelo mais compacto; e loja, formato mais completo da rede.

Investimento total: R$ 150 mil a R$ 300 mil
Taxa de franquia: R$ 59,2 mil
Royalties: 6%
Faturamento médio: variável conforme o ponto
Prazo de retorno: 24 meses

Mr. Black

Fundada em 2006, a Mr. Black é uma rede de franquias de cafeterias com 19 unidades em operação pelo país. Os franqueados encontram opções de investimento em quiosque e cafeteria completa. Para os clientes, a rede investe na venda de cafés especiais, gelados ou quentes, com mais de 30 opções de receitas. A marca também trabalha com cardápios com ampla variedade de lanches, como croissants, quiches, bolos, empadas, pasteis, e de sobremesas variadas.

Investimento total: R$ 200 mil a R$ 275 mil
Taxa de franquia: R$ 40 mil
Royalties: 5% do faturamento bruto
Faturamento médio: R$ 65 mil
Prazo de retorno: de 24 a 36 meses

Café Hum

A Café Hum foi fundada há mais de 20 anos e trabalha desde então com a preparação de drinks e blends à base de café. Como acompanhamento das bebidas, a marca também oferece opções de lanches diferenciadas, com bolos, tortas e outras sobremesas.

Investimento: R$ 250 mil
Taxa de franquia: R$ 50 mil
Royalties: não informado
Faturamento médio: não informado
Prazo de retorno: 18 meses

Café do Ponto

Além da especialidade na venda de cafés, a marca se destaca ao investir em cultivo de uma gama variada de produtos feitos à base de café. Na rede de cafeterias, o cardápio conta com diferentes tipos de expressos, bebidas quentes e geladas, cappuccinos e cafés aromatizados.

Investimento total: R$ 275 mil a R$ 560 mil
Taxa de franquia: não informado
Royalties: 4% do faturamento bruto
Faturamento médio: R$ 60 mil a R$ 70 mil
Prazo de retorno: 324 a 36 meses

Café do Feirante

Além das opções especiais de cafés, vendidos nas opções quente ou fria, a rede de cafeterias também oferece aos clientes variedade de bebidas, lanches, pães, salgados, sobremesas e uma linha de alimentos saudáveis. Aos franqueados, a rede trabalha com modelos em quiosques ou lojas de rua ou de shopping e tem 25 unidades franqueadas em funcionamento no país.

Investimento total: R$ 290 mil a R$ 345 mil
Taxa de franquia: não informado
Royalties: variável
Faturamento médio: não informado
Prazo de retorno: 24 a 36 meses

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