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O que esperar da dinâmica de trabalho no pós-pandemia?

futuro do trabalho

futuro do trabalho

A pandemia mudou vários aspectos da vida em sociedade, e o mercado de trabalho também foi drasticamente alterado.

Agora, apesar do avanço da vacinação e da possibilidade mais tangível de um retorno à vida normal, não há dúvidas de que viveremos um “normal” muito diferente do que aquele que conhecíamos.

Por causa do distanciamento social, paradigmas foram quebrados e as empresas precisaram descobrir novas dinâmicas de trabalho, ferramentas e até formas de gerenciar à distância. E embora essas mudanças tenham sido implementadas para lidar com um momento crítico, elas também trouxeram resultados bastante positivos para muitas marcas e profissionais.

Por outro lado, depois de mais de um ano de home office, também ficou claro que trabalhar em casa pode ter muitos desafios e limitações.

Nesse cenário, as empresas se perguntam o que vem por aí. O que os profissionais e empresários podemos esperar do futuro do trabalho no pós-pandemia?

Tatiana Sendin, CEO da Think Work e jornalista com uma longa carreira em editorias ligadas ao mundo corporativo, tem uma opinião: “acredito que o modelo de trabalho será mais flexível – e mais personalizado”.

Tatiana prevê que as empresas terão que repensar suas operações, incluindo dias em home office e moldando os escritórios como centros de trocas de informação. Ela acredita que essa será não só uma forma de criar ambientes mais sustentáveis financeiramente para as empresas – como também de manter no time os talentos que experimentaram os benefícios de trabalhar em casa e, agora, enxergam muitos fatores do trabalho presencial de forma negativa.

“As pessoas não vão aceitar passar por todos os perrengues, todos os dias, como antes da pandemia. Em cidades como São Paulo, um trabalhador facilmente gastava mais de 3 horas por dia para ir e voltar do emprego. Às vezes, chegava na empresa depois desse tempo e passava o dia em reunião, ou fechado em uma sala, ao telefone”, aponta a especialista.

Ela revela ainda que uma pesquisa da Think Work, com 365 respondentes, mostra que, se a empresa obrigar os trabalhadores a voltarem para o escritório, 48% vão acatar a decisão, mas procurar outro emprego. E 6% vão pedir demissão na hora.

“No fim, mais da metade dos funcionários prefere sair do emprego do que ser obrigado a seguir os padrões de antes da pandemia. As empresas e os líderes que não entenderem isso vão perder os melhores talentos”, conclui Tatiana.

O trabalho mudou. Mas e agora?  

Os trabalhadores mudaram, o local de trabalho mudou, a rotina mudou, até as prioridades mudaram. E como as empresas devem acompanhar esse movimento?

Tatiana Sendin nos aponta três aspectos que precisam ser observados.

O primeiro deles é que cada empresa defina o que será o trabalho híbrido: quem escolhe os dias de trabalho presencial e remoto? Haverá escalas entre os funcionários? Se todos decidirem trabalhar na matriz, há espaço? E quais são as áreas e os profissionais que entrarão no novo esquema?

Outro fator importante é repensar no papel do escritório. Afinal, se está sendo possível trabalhar à distância, os dias de atuação presencial devem ser estratégicos. Tatiana explica: “no mercado, há sinais de que o escritório será um local de colaboração, de encontrar os colegas, de falar sobre coisas além de trabalho também. E, na verdade, alguns especialistas defendem que essa interação da equipe não precisaria nem acontecer no escritório – poderia ser em um bar, um restaurante, um parque. O importante é que a empresa se torne esse ponto de encontro das pessoas”.

Por fim, deve haver uma renovação na cultura organizacional e na mentalidade dos líderes para que o trabalho híbrido funcione.

No futuro, não deve haver muito espaço para chefes que acreditam que precisam estar de olho em tudo o que os funcionários fazem e que acreditam que só as cobranças contínuas geram resultados.

De acordo com Tatiana, o mundo corporativo vai pedir um novo perfil: “o modelo flexível vai exigir um líder que confie mais na equipe, que tenha um papel de facilitador, que ajude os subordinados a realizarem suas tarefas, conectando pessoas, reduzindo burocracias e até se importando com o lado pessoal de cada membro do time”.

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