Aprendizados que a Covid-19 trouxe para a gestão financeira das franquias

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aprendizados covid gestao financeira
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Ainda estamos num cenário bem delicado marcado pela Covid-19. Porém, em vários estados e cidades do Brasil o comércio já voltou a abrir suas portas, com os devidos cuidados e restrições.

Ao mesmo tempo em que a vacina é aguardada ansiosamente por todos, outro aspecto também é esperado por todas as empresas: a retomada da economia. A crise da Covid-19 acabou se estendendo da saúde para a economia.

Empresas faliram e pessoas perderam seus empregos ou tiveram redução salarial. De acordo com o IBGE, até o mês de maio mais de 7,8 milhões de postos de trabalhos foram aniquilados no Brasil. E, de acordo com a Boavista, mais de 780 mil empresas foram à falência no Brasil por conta de algum motivo relacionado ao coronavírus. Ou seja, temos uma dura jornada para a recuperação da economia.

A crise da Covid-19 é uma das maiores que já existiu no mundo. Sem dúvidas, esta não é a primeira, e não será a última crise. E, como ocorre em todas as crises, muitas empresas acabam ficando pelo caminho, porém, para as que resistem, aprendizados são adquiridos e muita coisa no pós-crise passa a funcionar de formas diferentes.

Pensando nisso, seguem abaixo alguns aprendizados que a Covid-19 vem deixando para a gestão financeira de franquias:

1) O planejamento é seu aliado

Muitas empresas, mesmo em cenários que não são de crises, não sobrevivem por conta da falta de planejamento. Mesmo sabendo disso, muitos negócios continuam insistindo em seguir, dia após dia, sem planejamento.

A pandemia mostrou a importância de existir um planejamento, unindo as estratégias com as finanças do negócio, e, mais do que isso, ser algo dinâmico, se ajustando conforme a situação. Nesta pandemia, o orçamento vem sendo algo que tem ajudado, e muito, as empresas a manterem sua saúde financeira.

2) O comportamento do consumidor é dinâmico e se adapta às circunstâncias

Conforme já trouxemos aqui, o comportamento dos consumidores é algo que vai se alterando de tempos em tempos, por conta de diversos fatores. Nesta pandemia, percebemos que novos hábitos surgiram, alguns hábitos se consolidaram e antigos hábitos voltaram a aparecer. Por isso, é importante você conhecer o seu consumidor e estar atento às tendências do mercado, para não ficar para trás.

Por exemplo, muitas empresas de alimentação, com a quarentena, resolveram fechar suas portas por um tempo até que as coisas voltassem ao normal, achando que não seria algo que duraria tanto. Outras empresas, já desde o primeiro momento, reestruturaram o delivery e o serviço de retirada, para não ficarem paradas.

3) É muito arriscado não ter reservas

Muitas empresas vivem com base no giro das vendas. Enquanto a empresa segue em operação, no seu ritmo normal, isto até que é possível. Porém, no primeiro momento em que há alguma interrupção ou queda drástica nas vendas, os reflexos são seríssimos.

Com a quarentena começando no meio de março, muitas empresas que ficaram fechadas passaram por vários apuros nos meses seguintes, e não conseguiram resistir até que as coisas voltassem ao normal ou que viesse algum auxílio.

O coronavírus mostra que não podemos controlar tudo, e imprevistos podem ocorrer, seja em nível local, em nível nacional, ou até em nível mundial. Para sobreviver a estes momentos, é muito importante que o negócio tenha uma boa reserva de emergência.

4) Não deixe de lado a fidelização de clientes

Vários negócios, mesmo com suas portas fechadas, continuaram tendo vendas ou até auxílios provenientes de seus clientes fidelizados. Diversas campanhas e iniciativas foram criadas para que as pessoas ajudassem os negócios nesses momentos de maior dificuldade.

E, justamente, quem “salvou” estes negócios foram as pessoas que se identificam com a marca e não gostariam de vê-la fechando.

5) Não dá mais para viver sem presença digital

Muitas empresas ainda deixam de lado a presença digital, seja por meio de sites ou de redes sociais.

Nos “tempos normais”, algumas empresas até que não sentiam grande impacto pela falta dessa presença por estarem em locais de grande circulação de pessoas, como centros comerciais e shoppings centers. Com a quarentena, muita gente passou a ficar quase todo o tempo em casa. Muitas das empresas sem presença digital e sem a circulação de pessoas acabaram caindo no esquecimento.

6) Controle financeiro sempre!

O cenário de crise é muito desafiador para as finanças, pois boa parte dos gastos se mantém, e, em relação às receitas, há uma queda forte. Isto faz com que muitas empresas não tenham recursos para pagar todas as contas, correndo o risco de se endividar e complicar a situação ainda mais.

Por isso, é mais do que necessário ter uma visão das finanças, percebendo o quanto antes possível caso as coisas estejam desandando.

O controle financeiro ajuda a ter essa visão e a tomar decisões de cortes de gastos e negociação de pagamentos. Seja em cenários de crise ou em cenários normais, este controle deve fazer parte da rotina do negócio.

7) Busque manter o nome limpo

Muitas empresas, neste cenário de dificuldade, acabaram precisando de crédito, porém, por conta do nome sujo, acabaram não conseguindo empréstimos ou conseguindo com condições nada favoráveis.

Por isso, é importante buscar deixar o CNPJ da empresa e os CPFs dos sócios sempre em condições mais favoráveis possíveis caso, em algum momento, seja necessário buscar algum empréstimo.

8) Negociação de prazos faz parte do mundo dos negócios

Todas as empresas passam por um ciclo operacional, no qual o mais comum é, num primeiro momento, o pagamento de fornecedores, e só num segundo momento, o recebimento das vendas. Neste cenário de pandemia, muitas empresas perceberam que a negociação é algo que pode funcionar e trazer vantagens para o ciclo operacional dos negócios.

9) Tenha parceiros

As parcerias também foram um pilar muito importante deste cenário causa pelo coronavírus. Empresas, indivíduos e iniciativas se uniram para formar um movimento de resistência à crise. Foram movimentos unindo desde grandes marcas até os pequenos negócios.

Isto destaca a importância de ter uma boa rede de parceiros para que possa haver um equilíbrio de forças para suportar o cenário difícil.

10) A crise gera oportunidades

Logo no começo da crise, muitos restaurantes se movimentaram para fortalecerem o delivery e as retiradas. Muitos artistas passaram a fazer lives. Cinemas e teatros foram buscar de volta os tradicionais “drive-inns”. Diversas lojas passaram a realocar seus funcionários para o e-commerce. E eventos passaram a se estruturar no formato digital.

Ou seja, mesmo num cenário de crise e de pandemia, as coisas não pararam. Quem saiu na frente e conseguiu bolar saídas acabou se dando bem. E muitas dessas saídas chegaram para ficar. Isto reforça a ideia de que são nas crises que surgem as maiores oportunidades.

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