O setor de franquias fechou a balança do primeiro semestre do ano com saldo positivo. Comparado ao mesmo período de 2014, o franchising brasileiro teve um crescimento nominal de 11,2%. O faturamento do setor chegou a R$ 63,8 bilhões. Os dados são da Pesquisa Trimestral de Desempenho do Franchising, divulgada pela Associação Brasileira de Franchising – ABF.
“Algumas redes, em 2015, optaram por desacelerar suas expansões com novas lojas e concentrar seus esforços em manter as lojas existentes operantes e rentáveis. Isso fez com que as franqueadoras necessariamente estivessem mais próximas de seus franqueados, oferecendo suporte e alternativas para manter faturamento e resultado”, comenta Claudia Bittencourt, diretora geral do Grupo Bittencourt.
Segundo a pesquisa, cada um dos 11 segmentos do setor de franquias, apontados pela ABF, apresentou aumento no faturamento em 2015.
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Quem deseja investir em uma franquia na área de Alimentação pode encontrar na pesquisa um novo motivo: é a área que mais cresceu individualmente no semestre. Sozinho, o segmento contabiliza R$ 12,7 bilhões de faturamento, número que representa um crescimento de 12% com relação a 2014.
A categoria de Esporte, Saúde, Beleza e Lazer também se destacou, com crescimento de 24% no período, chegando a faturar R$ 11,5 bilhões. O ramo de Hotelaria e Turismo também teve um bom aumento: com R$ 4,9 bilhões faturados, o crescimento foi de 15%.
O segmento de Comunicação, Informática e Eletrônicos mostra-se cada vez mais consolidado no franchising. O crescimento no semestre foi de 12%, com o faturamento atingindo a marca de R$ 2 bilhões.
No total, o segundo trimestre do ano teve um crescimento de 1,9% em número de unidades franqueadas – são mais de 131 mil pontos de venda operantes no país. Em termos de distribuição geográfica, a maior parte da receita concentra-se na região Sudeste, com 59% do faturamento. Em seguida, o Sul apresenta 16%, o Nordeste 14% e Centro-Oeste e Norte fecham a lista com 8 e 4% da receita.
“O franchising é resiliente às crises e, sempre que alguma adversidade se aproxima, o setor se une. São inúmeras as iniciativas para desenvolvimento do setor, como programas de treinamento, eventos, além de uma atuação cada vez mais presente das redes e de seus franqueados para manter a geração de empregos que desenvolvem também o país”, pontua Bittencourt.
“Pessoas que temem a demissão e pensam em um plano B, que é abertura de seu próprio negócio; o aumento do desemprego e a possibilidade de investimento em um negócio com baixo risco; e o surgimento de pequenas redes com custos mais enxutos e direcionadas a franqueados operadores – todos esses são fatores que contribuem com o bom desenvolvimento do setor”, opina Isa G. Andrade Silveira, diretora executiva da Avance Franchising.
Para aqueles que já estão envolvidos no mercado, o conselho da consultora sinaliza a necessidade de fazer o balanço e pensar no planejamento do negócio.
“O momento é propício para ajustar as contas, mais do que fazer novos investimentos. É hora de olhar para dentro das empresas, reduzir custos, otimizar processos e ganhar eficiência”, finaliza Bittencourt.