Há um ano nos deparamos pela primeira vez com a realidade de restrições de funcionamento presencial em quase todas as atividades econômicas. E de lá para cá, a coisa toda continua bastante complicada. Tivemos momentos de melhora, mas hoje nos vemos em situação até pior do que no mesmo período do ano passado.
Lembro-me de, há um ano, estar participando de muitas e muitas lives e treinamentos que buscavam ajudar empreendedores a encontrar caminhos para continuar vendendo. Eu mesma tive a oportunidade de palestrar em diversos eventos online com esse propósito. Em todos os eles, bati forte na tecla de que era preciso manter, entre tantas coisas a se fazer: comunicação forte com o cliente e a implantação de novos canais de venda e atendimento.
Um ano se passou, e hoje, quando novamente estamos em uma fase crítica da pandemia e com restrições bastante rígidas que obrigam diversas atividades a suspender por tempo indeterminado o atendimento presencial, vejo claramente que existem dois grupos de empreendedores: os que realmente entenderam o cenário e se adaptaram, e os que apenas sobreviveram, mas mantiveram o mesmo ritmo.
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Esse primeiro grupo entendeu rápido o que precisava ser feito e não perdeu muito tempo tentando entender os porquês. Mudou os rumos dos negócios, aprendeu novas habilidades e se arriscou com novos canais de venda, pesquisando, testando e aprendendo – tudo ao mesmo tempo.
O que vejo é que hoje esses não sofreram tanto quando uma nova restrição de funcionamento chegou. Eles já aprenderam o que fazer: reduzir custos, focar em canais alternativos, manter a propaganda forte e o vínculo com o cliente, até que as coisas se amenizem.
Já o segundo grupo vive exatamente as mesmas questões do ano passado. “E agora? O que eu faço?”, foi o que ouvi de um empreendedor na semana passada. Como se ele não tivesse aprendido nada com o que aconteceu, e tudo o que foi feito no período crítico anterior tivesse sido esquecido. A verdade é que ele até fez mudanças, mas assim que foi possível, voltou a fazer o que já fazia e esqueceu as alternativas encontradas, como se essas já não fossem mais necessárias.
Isso me fez refletir fortemente sobre a importância de desenvolvermos nossa capacidade de aprender com a crise, de transformar a dificuldade em lição, de nos prepararmos para o próximo “inverno” antes que ele chegue. Eu sempre ouvi, desde o início da minha carreira, sobre a importância de errar sempre, mas de errar “erros novos”.
Deixo essa mesma reflexão para você. O que você tem conseguido transformar em conhecimento desde que essa pandemia começou?