8 franqueadas que driblaram a pandemia

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Mariana Huber franqueada Bibi
Mariana Huber franqueada Bibi

A pandemia criou obstáculos para todos os empreendedores brasileiros. E quando se trata das mulheres, alguns desafios foram ainda maiores.

Segundo um levantamento do Sebrae, 52% das empreendedoras tiveram que fechar suas empresas em algum momento por conta da Covid-19. Além disso, elas dedicam cerca de 18% horas a menos ao trabalho por acumularem as tarefas do lar e da vida profissional.

Ainda assim, elas também foram muito criativas para lidar com as adversidades causadas pelo coronavírus e contornar os percalços da crise.

Uma pesquisa do Sebrae e da Fundação Getúlio Vargas, apontou que as mulheres empreendedoras tiveram maior agilidade ao implementar inovações em seus negócios. A maioria delas (71%) já fazia uso de redes sociais e aplicativos da internet para comercializar seus produtos e serviços. Entre os homens, o percentual cai para 63%.

Talvez por conta dessa agilidade na adaptação, 34% das empreendedoras aumentaram o volume de vendas online na pandemia, contra 29% dos empreendedores.

No Franchising, não é diferente.

Existem muitas franqueadas demonstrando resiliência, determinação e competência ao gerenciar suas unidades durante um dos momentos mais críticos que o mercado já enfrentou.

Nesta matéria, vamos fazer um pequeno recorte desse grupo tão vasto e rico para apresentar algumas franqueadas que se destacaram na crise.

Priscila Cabral, franqueada da PremiaPão

Priscila Cabral Eufrásio Franqueada PremiaPão

Priscila enfrentava uma questão bastante comum entre as mulheres que são mães: a rotina do mundo corporativo já não permitia que ela pudesse aproveitar o tempo em família.  “Sai do emprego na área de RH e não queria mais chegar tarde em casa e só ver minha bebê à noite”, relembra.

Ao começar a buscar por microfranquias que pudessem gerar renda e promover mais flexibilidade, ela foi bastante criticada por abandonar o emprego e investir em um negócio na pandemia. Mas isso não a desanimou.

“Escutei que era loucura, que as coisas estavam incertas demais. Mas as vendas estão indo bem, graças às negociações que faço com os clientes que, mesmo com recursos reduzidos, entendem que a publicidade é importante”, comemora a empresária.

Com o modelo de negócio da PremiaPão é home based, ela ganhou em qualidade de vida e hoje está satisfeita com a forma de equilibrar família e trabalho.

Francisca Fortunato, franqueada do Bendito

Francisca Fortunato Franqueada Bendito

Aos 52 anos, Francisca Fortunato já tinha decidido investir em uma franquia da Bendito, marca de cookies, brownies e cafés. A inauguração da loja, porém, coincidiu com o fechamento do comércio, em meados de março, o que trouxe desafios extras para a nova franqueada.

Apesar disso, Francisca não se deixou abater e foi passou a ter contato direto com os clientes da vizinhança, divulgando e entregando os quitutes da marca.

“Com planejamento e persistência, podemos superar todos os obstáculos que estão fora de nosso alcance. Arregacei as mangas, busquei forças e continuo, até hoje, com muito mais conhecimento e propriedade sobre o meu negócio, principalmente em liderar equipe, tomar decisões e perceber o que ainda precisa ser corrigido e o que está correto”, comenta.

Marcela Giani, franqueada da 5àsec

Marcela Giani franqueada 5àsec

Marcela Giani estava fora do mercado de trabalho há 10 anos, com a missão de administrar a rotina da casa e da família.

Porém, no ano passado, um comentário do marido despertou a curiosidade de Marcela. Era um locker (armário digital) da 5àsec que tinha sido instalado no condomínio da empresa em que ele atuava.

Interessada pelo formato diferente no segmento de lavanderia, Marcela quis entender como funcionava o modelo de negócio.

A pandemia, porém, não atrasou seus planos de crescimento, pelo contrário. Vendo no nicho de limpeza uma ótima opção para empreender, ela se tornou franqueada da marca em julho de 2020 e, atualmente,  gerencia cinco operações – sendo uma loja física e quatro lockers.

Mariane Ribeiro Côco Scárdua, franqueada Multivix

Mariane Ribeiro Côco Scárdua franqueada Multivix

Foi no início de 2020 que a advogada Mariane Ribeiro Côco Scárdua decidiu empreender com uma franquia da Multivix na cidade de Brejetuba, município com cerca de 12 mil habitantes, localizado no Espírito Santo.

Pouco tempo depois da inauguração, o coronavírus fechou muitos setores da economia, mas nem isso parou Mariane, que vem registrando crescimento gradativo de sua base de alunos.

Como a Multivix é especializada em cursos EAD, a procura por cursos à distância, que já vinha aumentando, disparou durante o ano passado.

Aproveitando o cenário favorável, a empresária tem obtido ótimos resultados com sua unidades e já está traçando os próximos passos: “o plano é consolidar o polo. Que o polo possa ser independente, financeiramente falando, e que nos proporcione um bom pró-labore. Também quero reinvestir no negócio”, destaca a franqueada.

Mariana Huber, franqueada Bibi Calçados

Mariana Huber franqueada Bibi

Com 10 anos empreendendo no franchising, Mariana já conhecia muito bem o segmento e tinha uma rede em vista: a Bibi.

Apesar de já ter se candidatado anteriormente para assumir uma operação há alguns anos e do processo não ter avançado na época, ela não desistiu de fazer parte da rede. E a oportunidade para isso apareceu, justamente, na crise.

De mudança para Curitiba, capital do Paraná, a empresária ficou sabendo do repasse de duas unidades da Bibi e se candidatou para ser a nova líder das franquias. Bem-sucedida no processo de seleção, reinaugurou as duas lojas, simultaneamente, em agosto de 2020.

Apesar dos desafios iniciais e de ter iniciado o negócio em um dos momentos mais críticos da crise do coronavírus, as unidades seguem em crescimento, e tiveram alta de 12% no último mês.

Simone Rebelo, franqueada da Nutty Bavarian

simone rebelo franqueada nutty bavarian

Depois de trabalhar no mundo corporativo por 23 anos, Simone Rebelo, profissional da área Tecnologia da Informação, sentia que empreender era o próximo passo de sua carreira.

Em 2015, ela escolheu deixa a carreira de executiva para abrir o próprio negócio como franqueada da Nutty Bavarian, franquia de nuts glaceadas.

Ela lembra que o início foi bem desafiador, mas a experiência conquistada ao longo dos anos a ajudou a liderar o negócio com maestria e abrir sete unidades da marca.

“Sobre a pandemia é um momento bem inesperado, e extremamente complexo porque estava em plano de crescimento. Entre as dificuldades, a principal é a questão financeira, embora tivesse um caixa muito bem administrado, precisei fazer investimentos próprios para sustentar todo o período sem fechamento de nenhum ponto”, relembra Simone.

Com muita dedicação, manteve as unidades na ativa, trabalhando com o delivery com os canais de aplicativo de entrega e tem garra de sobrar para continuar crescendo em 2021.

Karina Leal, franqueada Mr. Cheney

Karina Leal franqueada Mr Cheney

Aos 30 anos, Karina Leal trabalhava no segmento de beleza enquanto juntava dinheiro para investir no próprio negócio. A ideia era iniciar o negócio no ano passado, mas o coronavírus balançou os planos da empreendedora.

“Planejei investir em uma franquia em 2020, porém com a pandemia, tive que refazer os meus planos”, relembra.

Enquanto repensava o melhor caminho para seguir, um amigo franqueado do Mr. Cheney – rede de cookies tipicamente americanos – comentou que estava querendo repassar a sua unidade.

“A unidade estava operando em uma boa localização, no shopping Metropolitano Barra, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e com uma carteira de clientes ativa”, explica.

A empresária não deixou a oportunidade passar e assumiu a direção da franquia. A inauguração foi realizada em junho de 2020 e, após um mês, Karina afirma que, mesmo com as dificuldades econômicas da quarentena, a unidade já se paga. “A franquia que escolhi já estava em operação há quase três anos. Acreditei na economia do País e no know-how da franqueadora. Estou muito realizada”, comemora.

Simone Costa, franqueada CNA

Simone Costa franqueada CNA

Simone Costa é professora e atuava na área da educação antes de investir em uma franquia do CNA. Com muita vontade de abrir o próprio negócio, ela e o marido buscaram no franchising uma opção para empreender em um mercado que já conheciam.

Simone entrou na rede há 20 anos e, ao longo da sua trajetória, abriu quatro unidades. E nem o cenário de crise prejudicou o crescimento da multifranqueada.

Com as iniciativas de ensino á distância que o CNA implementou, Simone conseguiu driblar as dificuldades da quarentena para manter suas franquias em operação. Os resultados das inovações de 2020 foram tão importantes que a empresária já se prepara para abrir pelo menos mais duas unidades neste ano.

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