Antes de assinar o contrato e abrir uma franquia, é importante que o candidato faça um estudo profundo sobre a franqueadora e busque informações sobre os valores, benefícios e desafios oferecidos pela marca.
Mas o franqueador não precisa – e nem deve – ser a única fonte de informações para que você tome sua decisão. Existem outras pessoas que podem oferecer uma visão única e que vale a pena consultar: os franqueados da rede.
Além de entender melhor sobre os aspectos práticos do negócio, conversar com quem já faz parte da franquia e conhece bem o dia a dia vai te ajudar a entender se a franqueadora realmente cumpre tudo o que promete.
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E a boa notícia é que conversar com outros franqueados pode ser mais simples do que parece. A seguir, selecionamos algumas dicas que vão te guiar neste processo.
Localize e selecione os contatos
O primeiro passo é buscar os contatos de franqueados que possam responder suas dúvidas. Para isso, você pode consultar a Circular de Oferta de Franquia (COF).
De acordo com a Lei de Franquias, os franqueadores devem incluir na COF os contatos dos franqueados atuais e, também, dos investidores que deixaram a franquia nos últimos 24 meses.
Além disso, as marcas costumam disponibilizar informações sobre as suas unidades em seus sites.
O ideal é conversar com o maior número possível de franqueados, principalmente com aqueles que estejam localizadas em áreas com porte e perfil de público semelhantes à sua região de interesse.
É bacana agendar uma conversa com empresários de diferentes perfis, incluindo:
- Franqueados antigos: são mais experientes e conhecem bem a franqueadora. São investidores que passaram por diferentes momentos à frente do negócio e podem dar dicas preciosas para os recém-chegados.
- Franqueados recentes: podem contar sobre o processo de fechamento, apoio na implementação do negócio e sobre os primeiros desafios liderando uma nova franquia.
- Ex-franqueados: podem oferecer a visão de quem já não está mais ligado à franqueadora, contando sobre desafios e pontos francos que a marca possui.
Prepare-se para a conversa
Depois de levantar os contatos e agendar as reuniões – sejam elas presenciais ou à distância – a próxima etapa é planejar como você vai conduzir a conversa. Para isso, uma boa tática é formular antecipadamente as perguntas que gostaria de fazer.
As questões podem ser montadas de acordo com o perfil de franqueado. Veja algumas sugestões.
Para o franqueado experiente:
- Ao longo dos anos, você acredita que a franquia vem evoluindo?
- Com que frequência você tem contato com a franqueadora e seus consultores?
- Sente abertura por parte da franqueadora para apresentar sugestões e fazer críticas?
- Como é a aceitação dos produtos e serviços?
- Você abriria uma segunda unidade?
Para o novo franqueado:
- Você está gostando de ser um franqueado?
- O suporte e o treinamento estão de acordo com o prometido?
- Seu faturamento já alcançou o projetado?
- Você foi surpreendido, positivamente ou negativamente, desde a abertura da franquia?
Para o ex-franqueado:
- Como era o seu relacionamento com o franqueador?
- Pode compartilhar os motivos que levaram você a deixar a rede?
- Você acredita que a franqueadora não cumpriu o que prometeu?
- Com foi o processo de saída da franquia?
Saiba ouvir e tirar suas próprias conclusões
Ao final das entrevistas, você terá ouvido muitos relatos de quem faz e já fez parte da rede e terá uma visão mais ampla sobre o negócio no qual está pensando em investir. Agora, é a hora de absorver as informações e definir qual será o próximo passo.
Se a conversa com os franqueados provou que a marca e o modelo de negócio estão, de fato, alinhados com o seu perfil e expectativas, será possível avançar com mais segurança.
Mas se as experiências de quem já está, ou esteve, na rede levantaram dúvidas, o melhor caminho é agendar uma nova reunião com a franqueadora para esclarecer todas as questões que o deixaram inseguro.
E mesmo depois de ter uma segunda reunião com o franqueador, não tenha pressa em se decidir.
Investir em um novo negócio exige cautela e é o tipo de movimento que não pode ser feito às pressas. Por isso, vale a pena lembrar: mais importante do que tomar uma decisão rápida é fazer uma escolha segura e assertiva.