“Qualidade! Nosso produto tem muita qualidade”.
“Um ótimo produto! Nosso produto é muito bom”.
“Nosso preço é justo”.
“Entregamos no prazo, nunca atrasamos”.
Qualidade, produto bom, preço justo, entrega no prazo – esses tópicos sempre vêm como respostas quando pergunto a um empreendedor qual o diferencial do seu negócio. E todos se surpreendem quando eu digo que nenhum desses itens é um diferencial.
Quando nos comparamos com os concorrentes, nossa tendência é reparar nos erros que eles comentem, e isso nos faz baixar a régua de comparação, fazendo que com a gente enxergue como diferenciais itens que são básicos. Quando um cliente compra um produto ou serviço, ele sempre espera que esse tenha qualidade, seja bom, tenha preço justo e seja entregue no prazo. Não há nenhum diferencial nisso, é o básico que qualquer consumidor espera. Acontece que seu concorrente atrasa e por isso, você passa a enxergar “entregar no prazo” como um diferencial.
Se você vende bolo, “ser saboroso” não é um diferencial. Se você é personal trainer, “criar treinos personalizados” não é um diferencial. Se você vende comoditties, “entregar no prazo” não é um diferencial. Se você presta um serviço, “atender com qualidade” não é um diferencial. Estamos falando do básico.
É como dizer “Nossa, você viu como fulano é honesto? Que diferencial!”. Acontece que honestidade é o mínimo que se espera de qualquer pessoa, não é diferencial algum, é o básico! Mas se a gente comparar uma pessoa honesta com vários desonestos, a gente pode começar a erroneamente avaliar a honestidade como um diferencial, ignorando o grande problema real que é a desonestidade do resto do grupo.
Sobe a régua. Avalie o básico como zero, como o mínimo na sua escala, como a base. E então, comece realmente a criar diferenciais, que estarão ligados a experiência que seu produto ou serviço proporciona ao cliente. Pense nisso.