As franquias brasileiras fecharam o mês de abril de 2020 com uma queda média de 48,2% no faturamento. A informação é da Associação Brasileira de Franchising (ABF), que passa a medir mensalmente o desempenho do setor para acompanhar os impactos da pandemia de Covid-19, em parceria com a empresa de pesquisas AGP.
Os segmentos mais afetados foram os que sofreram grandes impactos com as medidas de isolamento social: Turismo, Entretenimento, Alimentação e Saúde, Beleza e Bem-Estar.
Do total de unidades de franquias no Brasil, 12% tiveram suas atividades suspensas no mês de abril. Já outras 0,5% foram encerradas definitivamente nesse período.
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“Essas taxas são muito menores do que negócios isolados dado o trabalho em rede e o apoio das franqueadoras. É um momento difícil, mas estar em uma franquia traz benefícios que favorecem muito a sobrevivência. Além disso, 70% das franqueadoras evitaram demissões no mês de abril. Há um esforço das redes para se reinventar e manter o negócio operando”, comenta André Friedheim, presidente da ABF, em nota divulgada à imprensa.
Para se adaptar ao cenário pandêmico, as ações mais frequentes das redes de franquias foram adotar reuniões online, home office na franqueadora, delivery partindo das unidades, e-commerce da franqueadora e venda online ou retirada na loja.
Algumas das estratégias implementadas na pandemia devem permanecer no pós Covid-19. É o caso das reuniões online e do home office na franqueadora, por exemplo.
Já o delivery (que chegou a 91% das franquias de alimentação em abril) também deve seguir forte. De acordo com o estudo da ABF, 53% das franquias de moda pretendem manter o serviço de entregas partindo das unidades após a pandemia, assim como a plataforma de e-commerce.
“O setor não ficou parado: intensificou o suporte aos franqueados, isentou ou postergou o pagamento de taxas típicas do sistema e, principalmente, mirou sua artilharia na digitalização de suas operações. Essa adaptação expressa é muito importante para o setor e não apenas no curto prazo. Esperamos que esta situação deixe lições importantes que tornarão o sistema ainda mais moderno e resiliente”, afirma Friedheim.
Uma das ações de suporte foi que 51% das franqueadoras apoiaram seus franqueados a acessar linhas de crédito.