Coronavírus: 11 dicas para pequenas redes de franquias sobreviverem à crise

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coronavirus dicas para pequenas franquias 2
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Um estudo feito pela Intuit Quickbooks apontou que 60% das pequenas e médias empresas (PMEs) acreditam que o coronavírus vai prejudicar o faturamento de seus negócios. A projeção é que o impacto chegue a 50% da receita.

A pesquisa também aponta que a maioria dos entrevistados não estava preparado para enfrentar uma crise desse porte.

De fato, companhias menores podem ser mais vulneráveis aos efeitos da pandemia. Porém, mesmo as pequenas franquias têm condições (e até algumas vantagens) para lidar com a crise.

A seguir, veremos algumas dicas para sobreviver e até mesmo crescer neste período.

Não tenha medo de se adaptar

“Nos momentos mais delicados, a sociedade e o mundo empresarial se reinventam e inovam. Os empreendimentos devem evitar postura protocolar, buscando novos caminhos com abertura, foco e entusiasmo”. A dica é de César Souza, presidente da Empreenda Consultoria, especialista em varejo, palestrante e autor.

Rodrigo Belém, fundador e CMO da microfranquia BomCupom, concorda: “É aquela frase: ‘em momentos como esse, não é o mais forte que sobrevive, é aquele que se adapta mais rapidamente’”.

A Covi-19 já mudou o mercado e, mesmo quando a quarentena terminar, teremos um cenário muito diferente do que estávamos acostumados até então.

Por isso, as redes de franquias que desejam sobreviver precisam se adaptar, não só para continuar operando durante a crise, mas para se preparar para o que está sendo chamado de o “novo normal” – o mundo depois do coronavírus.

Tome decisões rápidas

Em cenários desafiadores, as habilidades dos líderes de franquias são testadas. E uma das características mais importante para lidar com crise atual é a capacidade de tomar decisões rápidas e assertivas.

A sobrevivência das unidades está em jogo e o franqueado não pode ficar esperando muito tempo. Sabendo disso, as franqueadoras não podem “esperar para ver”. As decisões precisam ser tomadas já.

Por isso, é importante criar ações que possam ser implementadas rapidamente, mesmo que elas tenham que ser aprimoradas e ajustadas depois. O importante é não perder tempo!

Entre de cabeça no digital

Se a internet já era uma ferramenta fundamental para a expansão de franquias, hoje ela é a única forma de continuar em contato com candidatos e fechar novos negócios nos próximos meses.

Com o processo de aquisição de uma franquia pode demorar semanas ou meses, é justamente neste momento que seus potenciais franqueados estão buscando por informações para investir no futuro. E eles estão fazendo isso na internet.

Seguindo esse raciocínio, se você deseja fechar negócios no próximo semestre, agora não é a hora de estacionar a expansão, mas de manter a divulgação nos canais digitais (como portais de franquias e redes sociais) e fortalecer o relacionamento com os candidatos.

Mantenha a gestão enxuta

Naturalmente, os pequenos negócios já têm estruturas de gestão mais compactas e prezam pela economia.

Para poupar recursos, muitas já aderiram à tendências como o trabalho remoto e à ferramentas tecnológicas que ajudam a manter os times compactos e coesos.

Considerando que esse tipo de operação é uma das tendências para o futuro do franchising, as pequenas franquias podem sair na frente se conseguirem manter a qualidade nesse esquema de administração.

Souza confirma: “teremos maior preocupação com controles financeiros, mais automação e investimento no home office. A gestão será menos presencial e mais à distância. Os controles terão de ser cada vez mais online e automáticos”.

Repense os modelos de negócio

As crises sempre fazem com que os interessados em franquias tenham mais cuidado em investir. Por isso, eles devem buscar negócios com menos riscos, operação mais simples e aporte inicial limitado.

Pensando nisso, pode ser uma boa ideia começar a desenvolver modelos de negócio mais enxutos, como as microfranquias e franquias home office, já que eles devem receber mais atenção daqui para frente.

Faça o que é possível com as ferramentas que tem

Lembrando que o tempo é precioso e as ações precisam ser tomadas de forma rápida, também é necessário que as redes de franquias se preocupem em agir com as ferramentas que possuem, mesmo que elas precisem ser melhoradas ou substituídas no decorrer da operação.

Se a sua rede não tinha um aplicativo de delivery antes da pandemia, não adianta esperar desenvolver um do zero para começar a fazer as entregas. É muito mais rápido iniciar a operação por meio das plataformas que já existem no mercado, ou receber os pedidos pelo WhatsApp, por exemplo.

Procure novos canais de faturamento

Muitas franqueadoras trabalham com modelos de negócios que dependiam exclusivamente da venda presencial. Se esse é o caso da sua rede de franquias, é fundamental buscar novas formas de gerar renda para os franqueados.

As vendas pela internet, por exemplo, têm sido o principal canal de atuação de franquias que já não podem prestar atendimento em suas lojas. Com isso, o e-commerce tem crescido bastante.

Segundo uma pesquisa da ABComm, entre fevereiro e março de 2020, as vendas online cresceram 30,5%, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Além das vendas pela internet, há opções como delivery, pré-venda de produtos, atendimento à domicílio, prestação de serviços por videoconferência e drive thru. O importante é buscar outras formas de seus franqueados atenderem os consumidores, preferencialmente pela internet.

“Estamos vendo um movimento fortíssimo de todos os estabelecimentos indo para o mundo digital. Quem não correr para se adaptar, infelizmente vai ficar pelo caminho”, diz o fundador da BomCupom.

Busque parcerias estratégicas

A empatia e o apoio entre os profissionais do setor de franchising serão fundamentais para superar este momento. Nesse sentido, buscar parcerias estratégicas é essencial.

“Busque associar-se com empresas complementares. Se você vende calçados, por exemplo, pode fazer uma parceria com uma rede de vestuário”, sugere César Souza.

Também é importante incentivar os franqueados a fazerem parcerias com pequenas empresas em seus bairros para fortalecer a economia local e abastecer a população que vive nas imediações das unidades.

Rodrigo Belém explica a importância de apoiar os negócios regionais: “dados mostram que o tempo em que os pequenos comércios conseguem sobreviver sem entrada de receita é de 27 dias. Ao mesmo tempo, eles são responsáveis por mais de 50% dos empregos no nosso país”.

Crie promoções

Outra forma efetiva de ajudar os franqueados a continuar faturando e divulgar seus novos canais de vendas é criar ações promocionais.

Uma das estratégias recomendadas por Rodrigo Belém é investir em combos: “Com o isolamento social, a pessoa que antes pedia comida sozinho, provavelmente terá que incluir o restante da família. Com isso, criar combos promocionais para uma quantidade maior de pessoas, como, por exemplo, ‘pratos família’ tem sido bem assertivo”.

Ele também sugere os vouchers e gift cards. Utilizando esses recursos, o consumidor compra o cupom agora e o utiliza assim que o estabelecimento reabrir. “A vantagem é que ele tem um desconto por pagar antecipadamente. Mas é importante que a promoção seja atrativa para que o consumidor se sinta realmente atraído”, recomenda.

Estreite o contato com os franqueados

Um dos motivos de um empreendedor escolher uma franquia é a possibilidade de contar com o suporte da franqueadora. E agora, mais do que nunca, esse apoio é indispensável.

E as pequenas franquias também podem ter uma vantagem aqui: com rede menores, fica mais fácil estar realmente próximo dos franqueados e ajudá-los de forma individualizada.

Os franqueadores devem usar essa proximidade para orientar os franqueados, tranquiliza-los e ampará-los. Cabe a eles promover o suporte administrativo, financeiro e até emocional para que o franqueado enfrente essa crise da melhor forma possível.

Se posicione

Os consumidores e interessados em franquias estão muito atentos à forma como as marcas estão se posicionando diante da pandemia.

É dever da franqueadora mostrar para ambos os públicos que está enfrentando esse novo desafio com empatia, resiliência e, principalmente, respeito à saúde de seus colaboradores, parceiros e clientes.

Obviamente, esse posicionamento precisa ser provado através de atitudes. E essas atitudes podem ser compartilhadas com o público.

“Comunicar como sua marca está agindo mediante à crise pode melhorar sua credibilidade na hora da escolha de compra do consumidor ou franqueado. Esse comunicado pode mostrar a higienização do local e dos colaboradores para gerar empatia e mostrar a atenção da empresa para com a saúde dos seus funcionários”, sugere Rodrigo Belém.

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