Siga o mestre: a influência do líder

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2007
influencia do lider
influencia do lider

Livros, treinamentos, palestras, workshops, conferências, artigos, perfis em redes sociais, imersões e a lista não para – todos os dias, tem alguém, em algum lugar, falando sobre o tema: LIDERANÇA! E isso não é por acaso. Muito mais que um assunto da moda, o fato é que o papel do líder na organização é algo tão abrangente, tão importante e que causa tanto impacto, que toda informação, formação e reflexão sobre o assunto é necessária.

Em cada empresa, em cada projeto que tenho a oportunidade de atuar, se me perguntassem algo que sempre se repete em todos, eu teria a resposta na ponta da língua: a influência do líder no comportamento na equipe.

Os desafios comerciais mudam, as necessidades de revisão de processos também. Cada empresa passa por um momento diferente, tem um produto diferente, capacidades de investimento diferentes, clientes diferentes, equipes com necessidades diferentes. Mas o reflexo do comportamento do(s) líder(es) é algo que afeta todas as empresas, sem exceção.

Quando recebo queixas dos líderes sobre comportamentos ou atitudes da equipe, e inicio com esse líder um processo de análise de cenário, quase nunca (só para ser gentil e não dizer nunca mesmo, rs) é levantado como possibilidade que a sua forma de liderar seja um dos motivos para o que ocorre, ou pelo menos um fator de influência para que aquele cenário exista.

Veja bem, eu não quero, de forma alguma, tirar a responsabilidade individual de cada membro da equipe que por algum motivo não está performando bem. Cada um tem seu papel no resultado que o time alcança (ou não). O que quero refletir com você aqui é que a responsabilidade pode não ser só da equipe – exatamente porque o líder também faz parte da equipe. E é uma parte muito, muito importante.

O líder é quem dá o tom. É ele quem mostra como se faz. E aqui, meu amigo/minha amiga, a prática é quem ensina. Não adianta saber todas as teorias, mas não praticá-las. As pessoas aprendem com o exemplo. Então, não adianta ter uma linda lista de valores no quadro da sala de reuniões, fazer belos discursos nas festas, mas no dia a dia não praticar nenhum desses valores. Se o líder não pratica, os funcionários não vão praticar. Tão simples, que chega a ser óbvio. Tão óbvio, que chega a ser difícil de perceber. E quando não se percebe, não se põe em prática.

Para dar um exemplos bem práticos: não adianta reclamar que a equipe atende os clientes de forma agressiva, se no dia a dia, a agressividade faz parte das relações entre os membros da equipe, e muitas vezes parte ou é incentivada pelo próprio líder. Não adianta pedir que as pessoas sejam colaborativas e proativas, trabalhem buscando soluções e não culpados, se sempre que existe um problema o líder é o primeiro a procurar cabeças para cortar e rostos para apontar.

Seu discurso sobre trabalho colaborativo e união de forças pode ser lindo, mas se você não é capaz de sair para tomar um café com sua equipe e se aproximar de verdade de cada um deles, criando vínculos de confiança e amizade, eles vão reproduzir o seu comportamento, e não o seu discurso.

Acha que os responsáveis pelo atendimento não tem um tom profissional? Eu te pergunto: como é o tom que você usa com eles no dia a dia? Quer que a equipe seja leve? Mas e você, sabe trazer leveza para os desafios diários, ou é uma bomba relógio prestes a explodir a qualquer momento?

Minha reflexão para você líder, empreendedor, e dono do seu próprio negócio é: pratique tudo o que você quer que a equipe pratique. Eles seguirão seu exemplo, não seu discurso. E só colocando verdadeiramente seus valores em cada uma de suas ações, é que você terá autoridade real (aquela conquistada, e não a imposta) para então exigir que a equipe faça o mesmo que você faz, e corrigir o que não estiver de acordo com esses valores.

Pense sobre isso, e ponha em prática.

E me conte sobre os resultados!

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