Coronavírus: dicas para empresários e franqueados

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coronavirus empresarios franquias
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Além dos cuidados com a prevenção do Coronavírus (COVID-19) que vêm sendo tomadas por autoridades de todo o mundo, o cenário de pandemia vem alterando os contextos de trabalho e, consequentemente, gerando efeitos na economia mundial.

Na última segunda-feira (16), o governo federal publicou duas medidas importantes para redução dos efeitos econômicos relacionados à pandemia em micro e pequenas empresas. Em entrevista coletiva, o secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Carlos da Costa, afirmou que as alterações têm como objetivo resguardar empregos e o pagamento de salários.

A primeira medida determina o adiamento, por parte da União, no recolhimento do imposto do Simples Nacional. A alteração terá duração de três meses e irá beneficiar 4,9 milhões de empresas que se encaixam no regime tributário. O pagamento de impostos será adiado para o segundo semestre de 2020.

A segunda medida determina a liberação de 5 bilhões de reais pelo Programa de Geração de Renda (Proger), que é mantido com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O recurso será repassado aos bancos públicos para concessão de empréstimos voltados a capital de giro das micro e pequenas empresas.

Outras ações, anunciadas pelo secretário, é adiar o prazo de pagamento do FGTS por três meses, simplificar as exigências para contratação e renegociação de crédito, além de facilitar a importação de insumos e matérias primas industriais.

Como já informamos, muitas entidades voltadas ao franchising também vêm reestruturando a rotina de eventos e dinâmicas de trabalho em prol dos cuidados com a higiene e o bem estar social.

Pensando diretamente no contexto econômico, conversamos com Haroldo Matsumoto, especialista em gestão de negócios e marketing e diretor da Prosphera Educação Corporativa, em busca de algumas orientações para empresários e franqueados diante do cenário de pandemia.

Criação de um plano de negócios

Matsumoto afirma que é importante que empresários e franqueados estruturem um plano de negócios e o apliquem o quanto antes. O intuito é que os empreendimentos passem por ajustes necessários para evitar comprometer os prazos e resultados do negócio.

O especialista acredita que a pandemia resultará em uma queda no faturamento e, por este motivo, é importante que franqueados busquem apoio das marcas. Empresas e franquias devem organizar simulações e buscar negociações com fornecedores, analisando linhas de crédito com menores juros.

Adote o home office

A principal providência que deve ser tomada para evitar a propagação do vírus sem prejudicar a produtividade é avaliar a possibilidade que a equipe de funcionários trabalhe remotamente, adotando o regime de home office.

Caso não seja possível que os funcionários trabalhem de casa, “verifique a possibilidade de entrada em horários e turnos diferentes para evitar aglomerações. Ao menor sinal de sintomas de gripe, o funcionário deve ser enviado para quarentena e, se agravar, procurar ajuda médica”, comenta.

Ouça e oriente a equipe

É de extrema importância que os empresários sigam as orientações divulgadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo governo federal sobre a importância da higienização em ambientes de trabalho.

Com profundas mudanças na rotina de empresas e de colaboradores, a comunicação e a orientação junto aos funcionários são as melhores ferramentas de gestão.

O especialista afirma que os gestores devem focar na conscientização, evitar o pânico e verificar as melhores práticas que estão sendo adotadas por outras empresas para que a disseminação do vírus seja desacelerada.

Matsumoto alerta que todas as alterações na dinâmica de trabalho devem ser em consonância com a convenção coletiva e sempre em diálogo com as franqueadoras e sindicatos. Todas as mudanças devem ser feitas dentro da legislação vigente, e sem ferir as relações entre franqueado e franqueador.

“Por se tratar de uma situação de força maior, os sindicatos, governo, empresas e empregados devem chegar em um rápido acordo para que possa prevalecer o cuidado com a saúde e bem-estar dos envolvidos e, ao mesmo tempo, a sobrevivência da própria empresa”

Tente se proteger dos prejuízos

“As franquias que atuam no varejo devem rever seu planejamento. Com a queda do movimento nas ruas, deverão se precaver em todas as áreas, desde a redução de estoque, renegociação de prazos de pagamento com fornecedores, busca de linhas de crédito que o governo se dispôs a oferecer (como apoio às micro e pequenas empresas com juros reduzidos), verificar a interrupção ou até mesmo férias para os colaboradores. Criar um plano de emergência deixando os colaboradores com maior grau de risco em suas residências”, afirma.

Cabe as redes de franquias ajudarem seus franqueados avaliando como está a situação em cada cidade onde têm unidades e orientá-los sobre os melhores caminhos possíveis.

Enquanto o cenário econômico não se restabelece, Matsumoto afirma que os empresários devem ser racionais e não pensar em demissões. “Ao mesmo tempo deve acompanhar e ter uma reação realista da situação, ou seja, não contratando, não estocando, não investindo neste momento de incerteza e, ainda, vale reduzir todos os custos possíveis para acompanhar a queda na receita”, finaliza.

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