O cenário do setor de franquias no Brasil, ao contrário de muitos mercados, tem se mostrado positivo e em evolução em 2022.
De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o primeiro trimestre do ano registrou crescimento de 8,8%, em relação ao mesmo período do ano passado. Isso representa um faturamento de R$ 43 bilhões e coloca o segmento nos mesmos patamares de antes da pandemia. A expectativa dos especialistas da instituição é que a tendência de expansão permaneça até o final do ano.
Esse cenário evidencia que o brasileiro confia e acredita no modelo de franquias e está apostando nesse formato de negócio para gerar renda. Porém, como aportar recursos de forma certeira em uma rede que ofereça um serviço de qualidade, com investimento que caiba no bolso e que seja atrativo para o cliente final?
Do ponto de vista do franqueado, há um universo de possibilidades – de segmentos a tipos de produtos – a ser explorado. Por isso, cabe às franqueadoras tornarem-se atrativas e interessantes, oferecendo soluções de negócios completas e sólidas.
É preciso pensar de forma equilibrada nos dois compradores essenciais de uma rede de franquias: o franqueado e o cliente final. É um erro comum achar que um desses públicos é mais importante que o outro. Não é. Eles são os alicerces para sustentar marcas que planejam expandir.
O franqueado é o mais importante parceiro de uma franqueadora. Ele faz o negócio pulsar, girar e progredir. Ele está na ponta da cadeia, sentindo as agruras do dia a dia e colhendo o feedback dos nossos produtos e serviços. São os olhos e ouvidos de uma marca. Esse empreendedor, seja dono de muitas franquias ou de apenas uma, investe seu capital à espera de retorno e, para tanto, precisa de orientação, suporte e acompanhamento durante a sua jornada de venda. O seu primeiro ano operando é crucial e, por isso, exige que as franqueadoras estejam próximas e acessíveis. Esse momento é tão importante que na MoveEdu temos um programa específico para ele, o Projeto Berçário.
A relação de confiança e abertura entre franqueado e franqueadora é essencial. Muitas companhias possuem renomadas áreas de inovação para desenvolvimento de serviços e produtos. Elas são fatores importantes de desenvolvimento. Porém, nada substitui a percepção de quem tem contato diário com o cliente final e pode avaliar, na prática, como se dá a realização daquilo que foi planejado pela marca e o que, realmente, o público quer. Quanto mais saudável essa conexão, mais a roda do negócio gira.
Do outro lado, temos o cliente. Ele é a razão de existirmos. Sem ele, nenhum de nós estaria aqui. Por isso, não podemos deixar de pensar em produtos que sejam de seu interesse, que estejam alinhados com seus hábitos de consumo e que se diferenciem dos concorrentes. Do ponto de vista de um negócio no segmento de educação, nosso lema é “Aluno First”. Isso quer dizer que o nosso estudante vem em primeiro lugar, não metaforicamente, mas de forma real. Ou seja: nosso foco no desenvolvimento de um novo curso é a adequação daquele conteúdo para o jovem que busca ensino profissionalizante, é a forma que ele prefere estudar, é a maneira que ele utiliza as plataformas digitais e como se relaciona com as aulas presenciais. Sem isso, perdemos relevância.
Independente do segmento, a forma como você se conecta com seus compradores – franqueado e cliente final – é que vai ditar o sucesso de sua marca. É a soma das forças desses pilares que sustenta o negócio, o faz crescer e progredir.
Assim, é papel das franqueadoras investir nesse fortalecimento e buscar constantemente a inovação. É no núcleo da operação que a busca por tendências e os testes para implementá-las devem acontecer. Obviamente, esse processo passa por analisar, errar e corrigir rotas. Mas o importante é fazer inovar de forma rápida e financeiramente sustentável, podendo oferecer com agilidade para a rede formatos experimentados, atuais e de sucesso.
Por exemplo, com o impacto acentuado da pandemia no setor de educação, nos vimos obrigados a agir rapidamente. Ou acelerávamos a transformação digital dentro da nossa companhia, oferecendo saídas para franqueados continuassem a faturar e para que os alunos pudessem manter seus estudos, ou sucumbiríamos. Como tantas empresas, criamos alternativas, reformulamos modelos e seguimos em frente, sem perdermos o foco em nossas potencialidades.
Mais importante do que definir se seu negócio é B2B (de empresa para empresa) ou B2C (voltado para o consumidor final), é entender que ele é para pessoas. Por elas, com elas e sobre elas. O tempo todo. Enquanto tivermos essa premissa nos norteando, o mercado de franquias – e, arrisco dizer, muitos outros – continuará a prosperar.
Este artigo foi enviado por Rogério Gabriel, CEO da edtech MoveEdu, dona das marcas Ensina Mais, Microlins, People e Prepara Cursos, para uso do Guia Franquias de Sucesso.