Trabalhar em casa é o sonho de muitos empreendedores. Mas, há momentos em que o conforto do home office pode não ser o melhor para o negócio: visitas em casa, problemas com a internet, reformas e a necessidade de fazer reuniões com clientes podem despertar o desejo de um escritório. Em situações como essas, o coworking surge como uma boa alternativa para não perder a produtividade.
Nesta matéria, você vai conhecer um pouco mais sobre o mercado de coworking e confere também opções de franquias para trabalhar em espaços compartilhados. Boa leitura!
Coworking é o termo usado para designar a prática de “escritórios compartilhados”. Esses espaços costumam oferecer aos clientes um local para trabalhar que pode ser alugado para momentos pontuais – por dia ou hora, por exemplo – ou mesmo longos períodos, com planos mensais. Os espaços de coworking oferecem toda a estrutura necessária para trabalhar: internet, mesas e cadeiras, telefone, salas de reunião, endereço comercial, salas individuais e coletivas.
➥ Confira também: 100 opções de franquias baratas (a partir de R$ 699)
O mercado de coworking no Brasil viveu momentos de explosão e pleno crescimento em 2017. Dois anos mais tarde, as empresas que atuam neste nicho começam a se estruturar e conquistar maturidade de mercado, atraindo clientes e parceiros com propostas mais maduras e sustentáveis.
O Censo Coworking Brasil, centro de pesquisas e indicadores sobre o ramo, indica que o crescimento exponencial registrado em 2017, demonstrou uma leve queda em 2018, o que já era esperado como resultado da permanência da forma inovadora de trabalhar em locais compartilhados.
O mercado conta com mais de 200 milhões de pessoas, que enxergam nos espaços de trabalho compartilhados oportunidades de networking, troca de experiências, novos contatos de trabalho, flexibilidade de administração e uso dos escritórios, entre outras facilidades.
Em 2015, o movimento coworking no Brasil começava um pouco tímido. O Censo indica que, há quatro anos, o país contava com 238 espaços de trabalho compartilhados. Em 2016, o crescimento foi de 52%, atingindo o número de 378 espaços. No ano seguinte, já eram 810 escritórios coworking e, em 2018, com crescimento de 48%, o número total registrado é de 1.194 pontos coworking no país.
O estado de São Paulo está na liderança no ranking de localidades com maior número de espaços de coworking: são 465 até então. O Rio de Janeiro está na segunda posição, com 123 espaços, seguido por Minas Gerais (99), Santa Catarina (88) e Paraná (75).
O Censo informa que o mercado de coworking movimentou, no último ano, 127 milhões de reais, um crescimento de 57% em comparação com os números de 2017. Ao todo, é um setor que conta com 214 mil pessoas circulando, com potencial de criação de 7 mil empregos diretos, um aumento de 100% se comparado com o desempenho em 2017.
As características destes espaços também estão passando por transformações, conforme a nova proposta de espaços de trabalho coletivos vem se estruturando no Brasil. O Censo indica que há uma dualidade interessante, que começou a surgir em 2018: muitas marcas apresentam espaços coworking já bem estruturados e consolidados. Os clientes encontram espaços amplos e bem equipados.
Outro movimento encontrado também está em pequenas empresas, como cafés e centros comerciais, que estão adaptando seus espaços e recebendo a comunidade, oferecendo espaços de trabalho coletivos, mesmo que ainda com esquemas de improvisação. Ou seja, não há uma regra para o espaço ideal do coworking. O movimento que vem se firmando no Brasil apresenta estruturas e serviços diversos.
Dentro do perfil dos espaços que trabalham com coworking, o Censo indica que em 76% dos locais trabalham exclusivamente como espaço de coworking, 9% como business center e 6% se apresentam como empresa privada compartilhando espaço com outros trabalhadores. Isso indica que as possibilidades de atuação neste nicho são múltiplas e, inclusive, possibilitam que empresas e franquias ofereçam o espaço como compartilhamento de possibilidades.
Um resultado interessante, que indica a potencialidade destes ambientes, é o expoente que demonstra se os locais atuam em um segmento do mercado específico: 75% afirmam que o espaço de trabalho é multidisciplinar; 12% atuam na indústria criativa, 5% em T.I e tecnologia e 8% em outros segmentos.
Perfil dos frequentadores de coworking
A pesquisa do Censo Coworking também indica o perfil dos frequentadores destes espaços em expansão no Brasil. Com a facilidade de receber profissionais de diferentes áreas de atuação e conhecimento, em sua maioria independentes, os espaços de trabalho compartilhado estimulam novos contratos e a construção de pontes.
A pesquisa demonstra que há uma maioria de profissionais independentes com pós graduação, que buscam nestes locais espaço dedicado ao trabalho e, também, para convívio social. Há igualdade na presença de homens e mulheres, em uma média de faixa etária de 33 anos.
De acordo com a pesquisa, um em cada três frequentadores dizem ter fechado novos negócios com outros profissionais que conheceram nestes espaços. O ambiente também propicia a troca de experiências, e estimula o aprendizado: 73,2% afirmam ter aprendido algo novo, nos momentos de conversa com os demais frequentadores, e 71,5% realizaram networking. Quase 80% dos profissionais afirmam que a produtividade do trabalho também melhorou após ao começarem a frequentar os escritórios compartilhados que estão espalhados pelo país.
Os espaços coworking não melhoram somente o lado profissional do brasileiros. Com ambientes com boa infraestrutura corporativa e clima descontraído, é possível levantar dados sobre reflexos positivos no convívio social e até no convívio familiar dos frequentadores, com afirma 67% dos brasileiros ouvidos pela pesquisa do Censo.
Outros 63,4% afirmam que notaram melhora na organização pessoal e profissional, e 61,1% ainda comentam que a saúde física melhorou, além de perceberem mais disposição para a rotina de trabalho.
1Franquias para trabalhar em coworking
As franquias para trabalhar em coworking são, geralmente, aquelas que oferecem aos franqueados a possibilidade de trabalhar em casa. É possível levar para os escritórios compartilhados todo o trabalho administrativo da franquia, além de marcar reuniões com clientes.
O coworking é ainda uma boa pedida para quem não se adaptou ao home office, mas não quer investir em um escritório comercial próprio. Dessa maneira, os custos iniciais da franquia também são reduzidos, uma vez que não é necessário fazer a adaptação do ponto comercial.
A seguir você confere algumas opções de franquias para trabalhar em coworking. Os dados de investimento são divulgados pela ABF ou informados pelas empresas.