O setor de franquias no Brasil registrou um crescimento de 12,8% no faturamento no segundo trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. A receita gerada pelas franquias subiu de R$ 54,2 bilhões para R$ 61,2 bilhões entre abril e junho deste ano.
No semestre, o crescimento foi ainda mais expressivo, alcançando 15,8%, com o faturamento passando de R$ 105,107 bilhões para R$ 121,766 bilhões.
Os dados foram revelados pela Pesquisa Trimestral de Desempenho do setor realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF).
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Desempenho por setor
A pesquisa identificou que onze de doze segmentos apresentaram crescimento. As franquias de Saúde, Beleza e Bem-Estar lideraram, com uma alta de 21,7%. Já a área de Alimentação – Food Service alcançou o segundo melhor desempenho, com um crescimento de 16,4%, e a de Casa e Construção obteve um crescimento de 15,1%, ficando em terceiro lugar.
| Segmento | 2º tri 2024 | Variação 2024-2023 |
| Alimentação – comércio e distribuição | R$ 5.387 | -6,9% |
| Alimentação – foodservice | R$ 9.249 | 16,4% |
| Casa e construção | R$ 4.440 | 15,1% |
| Comunicação, informática e eletrônicos | R$ 1.869 | 6,6% |
| Educação | R$ 3.601 | 8,0% |
| Entretenimento e lazer | R$ 679 | 13,9% |
| Hotelaria e turismo | R$ 3.381 | 11,1% |
| Limpeza e conservação | R$ 504 | 8,5% |
| Moda | R$ 6.546 | 13,2% |
| Saúde, beleza e bem estar | R$ 16.251 | 21,7% |
| Serviços automotivos | R$ 2.187 | 8,6% |
| Serviços e outros negócios | R$ 7.122 | 12,4% |
| Total | R$ 61.205 | 12,8% |
Retrato por região
O estudo da ABF também analisou a distribuição regional do faturamento e do número de operações das franquias.
O Sudeste apresentou uma leve alta no faturamento, com a representatividade de receita passando de 54,26% para 54,51%, mas uma pequena queda no número de operações, de 53,77% para 53,47%.
Por outro lado, o Sul, apesar de uma queda na receita devido às enchentes no Rio Grande do Sul, viu um aumento no volume de operações, passando de 17,73% para 19,97% .
As regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte mantiveram estabilidade, com um crescimento progressivo no faturamento.
“Nossos indicadores revelam que o setor de franquias segue em desenvolvimento, mantendo, por exemplo, investimentos em inovação das redes e qualificação dos trabalhadores para sustentar esse ritmo de crescimento. O franchising – assim como os demais setores da economia – sente os efeitos da pressão inflacionária, da taxa básica de juros ainda alta, mas segue resiliente e lutando para que o ambiente de negócios no Brasil melhore e favoreça o empreendedorismo”, conclui o presidente da ABF, Tom Moreira Leite.
