A última Pesquisa Trimestral de Desempenho do Franchising, desenvolvida pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostra que o franchising brasileiro mantém ritmo gradual de crescimento. No terceiro trimestre de 2019, o setor registrou aumento de 6,1% no faturamento, comparado com o mesmo período do ano passado.
Entre os meses de julho a setembro de 2018, o faturamento das franquias brasileiras foi registrado em 44,479 bilhões de reais. Já no mesmo período deste ano, o estudo aponta aponta que o faturamento saltou para 47,203 bilhões de reais. O crescimento nominal é semelhante ao registrado no segundo trimestre deste ano, com alta de 5,9% no faturamento.
A ABF aponta que segmentos que mais cresceram foram Casa e Construção, Moda, Comunicação Informática e Eletrônicos, Hotelaria e Turismo. Nos últimos 12 meses, o crescimento registrado pelas franquias brasileiras foi de 6,8%, com faturamento de 182,657 bilhões de reais.
➥ Confira também: 100 opções de franquias baratas (a partir de R$ 699)
A pesquisa ainda aponta que o franchising brasileiro vive um momento de estabilidade e crescimento gradual, demonstrando que o setor segue dentro das expectativas da Associação, mesmo em meio a inflação baixa e demandas oscilantes por parte dos consumidores.
Em nota divulgada à imprensa, o presidente da ABF, André Friedheim, comenta que as expectativas de fechamento de 2019 são positivas: “Depois de um segundo trimestre com algumas incertezas, o terceiro [trimestre] trouxe sinais mais positivos, especialmente no varejo e no andamento das reformas. Isso melhorou o índice de confiança empresarial e do consumidor, alavancando os negócios. Além disso, o setor manteve sua agenda de ajustes para busca de eficiência e, principalmente, para se adaptar à digitalização da economia e aos novos hábitos do consumidor”.
Outro ponto importante para o desempenho positivo está no reaquecimento das unidades, com maior abertura de lojas. No terceiro trimestre deste ano, foi registrado um aumento de 4,3% de novas lojas, contra 1,4% de fechamento de unidades, resultando em um saldo positivo de 2,9%. O número total de franquias ativas no Brasil chegou a 160.553 unidades.
“No terceiro trimestre, notamos que, além de se manter esse movimento de expansão, as lojas abertas em maior volume nos trimestres anteriores estão impactando positivamente o desempenho do setor. Em muitos casos, inclusive, essas lojas já apresentam conceitos mais modernos que primam pela eficiência e experiência mais amigável para o consumidor”, explica Friedheim.
André comenta ainda que a definição do cenário eleitoral também contribuiu para o crescente resultado das franquias brasileiras. “De fato, quando comparamos os terceiros trimestre de 2018 e 2019 verificamos uma aceleração expressiva. Neste sentido, é importante lembrar que este período do ano passado precedeu, justamente, as eleições. Já em 2019, temos um quadro definido e perspectivas de medidas liberalizantes na economia, o que favorece muito a tomada de decisão de investimento”, afirma.
Além do aumento do número de unidades e na alta do faturamento, a pesquisa também registrou uma alta de 4% no número de postos de trabalho: as vagas de emprego aumentaram de 1,286 milhão para 1,343 milhão de brasileiros diretamente empregados no franchising. O ritmo de geração de empregos, de acordo com Friedheim, foi superior à média nacional, “alavancado pela abertura de novas unidades e também pela preparação para eventos sazonais, como o Dia das Crianças, o Black Friday e até mesmo o Natal”.
Segmentos em alta
Todos os segmentos do franchising brasileiro registraram crescimento no terceiro trimestre de 2019, se comparado com o mesmo período de 2018.
A Pesquisa de Desempenho indica destaque para o segmento de Casa e Construção, com alta de 9,1%. Para a Associação, o resultado positivo das franquias que atuam no setor se deve às estratégias adotadas pelas marcas, como a aposta na variedade de produtos e serviços, além de uma integração entre a indústria e lojas, em conjunto com investimentos em capacitação das redes.
Em segundo lugar está o segmento de Moda, com crescimento de 8,6%. O aumento das possibilidades de compras e vendas online, além de redesign de produtos por parte das marcas tradicionais são pontos que atuaram positivamente para o resultado do setor.
O segmento de Comunicação, Informática e Eletrônicos vem em terceiro lugar no ranking de melhores desempenhos no terceiro trimestre deste ano. O aumento foi de 8,3%, alavancado pela abertura de novas unidades, aumento de demandas de serviços e ampliação de atuação das marcas que atuam com meios de pagamentos.
Hotelaria e Turismo registrou o quarto melhor desempenho, com crescimento de 7,2% fruto dos investimentos no setor hoteleiro e da chegada de companhias aéreas low cost no país.