Durante a Franchising Week, evento online da Associação Brasileira de Franchising, a entidade redefiniu o valor máximo das microfranquias.
Antes, eram consideradas microfranquias as redes que ofereciam modelos de negócio com investimento inicial de até R$ 90 mil. Agora, esse valor máximo se estende para franqueadores que exigem aportes de até R$ 105 mil.
Para definir o novo valor, a ABF levou em consideração dois critérios: o equivalente a três vezes o PIB per capita (que, de acordo com o IBGE, foi de R$ R$ 35.172 em 2020) e a inflação nos últimos anos, que refletiu no aumento de custos operacionais e de implantação das unidades.
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A força das microfranquias na crise
As microfranquias são redes mais baratas e acessíveis para quem quer fazer parte do mercado de franchising. Esse formato tem se popularizado muito nos últimos anos, pois além de ser mais simples, em alguns casos também é menos burocrático e altamente lucrativo.
Para Adriana Auriemo, diretora de Relacionamento, Microfranquias e Novos Formatos da ABF, as microfranquias possibilitam que pessoas com um menor poder de investimento possam ter seu próprio negócio e até mesmo contribuir com regiões mais afastadas dos centros, levando novas opções de serviços e produtos.
“Em períodos de retração econômica, de redução da oferta de vagas de emprego, como estamos vivendo, os modelos de negócio mais enxutos se transformam em uma alternativa ainda mais interessante, uma vez que oferecem um modelo de negócio pronto e testado, além do treinamento e suporte de um empresário mais experiente, o franqueador”, afirma Adriana Auriemo.
Ainda segundo os dados da ABF, em 2020 as microfranquias tinham 562 unidades em operação, sendo que a maior parte delas (63%) atuava somente com esse formato de investimento para os franqueados.
Segmentos de microfranquias que têm se destacado
Além da mudança no teto de investimento para a categoria de microfranquias, a ABF também elencou os segmentos e redes que têm se destacado.
De acordo com os dados, há uma predominância dos setores de serviços e outros negócios e alimentação, ambos com 29% das top 10 maiores microfranquias do Brasil em número de unidades. Na sequência vem as franquias de educação, com 24% de participação.
O levantamento ainda ressalta o crescimento das microfranquias com atuação home based, já que esse formato é adotado por 30% das microfranquias.
Um dos motivos para que as rede optem por trabalhar exclusivamente com franquias em home office é o fato dessa dinâmica de operação contribuir muito para reduzir o valor inicial e operacional dos negócios – algo que está sendo muito valorizado pelos candidatos.
