Com a flexibilização da quarentena, muitos setores do comércio já estão se preparando para reabrir suas operações.
Isso é um grande alívio para os franqueados que fecharam suas unidades físicas por meses e precisaram de muita criatividade e determinação para manter os negócios na pandemia.
Porém, retomar os negócios nesse momento também exige que as franquias reestruturem seus gastos.
Reabrir pode significar voltar a pagar aluguel, fazer novas compras com os fornecedores e investir em medidas para a reabertura (como a compra de álcool em gel e instalação de barreiras de acrílico nos caixas), para citar alguns exemplos.
E se por um lado os gastos devem aumentar, por outro, a insegurança do consumidor e a capacidade reduzida na operação podem gerar uma receita perigosa: despesas altas e faturamento baixo.
Por isso, é fundamental que as franqueadoras ajudem seus parceiros a reestruturar as finanças e enxugar os gastos nesta etapa.
Diagnóstico financeiro
O primeiro passo para iniciar o planejamento para a retomada é fazer um diagnóstico financeiro.
Analisando as finanças profundamente, será possível ter uma visão mais clara da situação do negócio, incluindo as dívidas contraídas neste período e as próximas contas a pagar.
É também a partir do diagnóstico financeiro que a franqueadora pode ajudar o franqueado a refazer seu plano de negócios, bem como criar projeções de faturamento e de crescimento/queda para os próximos meses.
Como o cenário ainda é de muita instabilidade, o ideal é ajudar os franqueados a desenvolverem planos para situações otimistas, pessimistas e intermediárias.
Redução de custos
É bem provável que a análise das finanças demonstre a necessidade de reduzir custos nos próximos meses.
Para viabilizar essa diminuição nas contas, nada pode ficar de fora: estoque, aluguéis, contas de luz e energia, folha de pagamento… Tudo precisa ser analisado e, se possível, reduzido.
A franqueadora pode ajudar muito oferecendo conteúdo e disponibilizando seus consultores para guiar os franqueados nesta busca pela economia, além de considerar reduzir ou postergar as taxas que cobra dos parceiros.
Investimentos assertivos
Dentro do possível, as franqueadoras devem prover os elementos necessários para que suas unidades reabram com o máximo de segurança e proteção para os franqueados, funcionários e clientes.
Porém, ainda assim, pode ser necessário que os próprios franqueados façam alguns investimentos nessa retomada.
Tendo isso em mente, a franqueadora deve oferecer apoio na tomada de decisão,para que os gastos sejam estratégicos e realmente importantes neste momento.
Manutenção de estratégias da quarentena
Retomar as atividades presenciais não significa que é preciso abandonar estratégias que foram essenciais nas fases mais restritivas da quarentena.
O home office, o delivery e a pré-venda de serviços, por exemplo, são algumas modalidades que podem (e devem) continuar existindo.
Elas demostraram que não são apenas eficientes e agora fazem parte da vida dos brasileiros, mas que também podem ajudar a reduzir os custos e diversificar as fontes de renda dos franqueados – o que vai continuar sendo muito importante nos próximos meses.
Comunicação com as equipes
Os colaboradores também devem entender a situação atual da franquia e ajudar a poupar os recursos.
Para isso, é importante que haja uma comunicação transparente e treinamentos para que as equipes saibam como trabalhar de uma forma mais sustentável.
As franqueadoras podem estruturar boas práticas de contenção de gastos e criar capacitações, manuais e outros tipos de conteúdo para auxiliar nessa mudança de cultura.
Contratação de crédito
Caso o volume de investimento necessário seja muito maior do que o franqueado dispõe, ou falte capital de giro para manter a operação, é uma boa ideia auxiliar o parceiro na busca por crédito.
Já existem alguns bancos que disponibilizam linhas de crédito com condições especiais para o franchising, mas as franqueadoras também podem buscar parcerias ainda mais vantajosas, ou até mesmo viabilizar algum tipo de empréstimo próprio.
Independente da estratégia, também cabe às marcas do franchising sugerir como seus franqueados devem utilizar o crédito com responsabilidade e de forma estratégica para superar a crise.