Vivenciando mais uma vez um salto no seu faturamento, o franchising brasileiro ultrapassou a receita que obteve no primeiro trimestre de 2023 (R$ 50,8 bilhões), para R$ 54,2 bilhões nesse segundo trimestre. Ou seja, foram R$ 105,1 bilhões ao longo dos primeiros seis meses desse ano.
Em comparação ao mesmo período de 2022, a receita apresentou um crescimento de 12,9%, já que as franquias haviam faturado pouco mais de R$ 48 bilhões no ano passado, assim como no acumulado dos últimos 12 meses, que houve uma expansão de 15,2% na receita.
Os números foram divulgados através do levantamento trimestral da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
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“Trata-se do oitavo trimestre de crescimento seguido do setor, sustentando nossa curva de desenvolvimento para além dos impactos da pandemia. Isso representa também a força do modelo de franchising para escalar negócios de forma rápida e organizada – não por acaso, continuamos atraindo novas marcas e players do exterior – e também do desejo do brasileiro em ter seu próprio negócio, ainda mais agora que as condições econômicas estão mais estáveis. Nos chama a atenção também a recuperação da movimentação de pessoas nos shoppings centers, associada a um nível de negócios elevados no delivery e outros canais digitais. Mais do que nunca, falamos em operar nos dois mundos, digital e físico, e nos organizar para explorar cada vez melhor a associação dos dois”, explica Tom Moreira Leite, presidente da ABF.
O estudo da entidade também apontou uma evolução no número de operações. A variação no período pesquisado teve um acréscimo de 11.062 unidades no país, totalizando 188.878 operações.
Crescimento dos setores
Em relação ao crescimento dos segmentos, se repetiu o que o cenário do primeiro trimestre do ano havia mostrado: há uma evolução de faturamento neles todos.
Entretanto, neste estudo, as franquias de Hotelaria e Turismo (+18,5%), Alimentação (+10,9%), Moda (+16,8%) e Saúde, Beleza e Bem-Estar (+15,9%) ficaram em destaque.
Veja abaixo o número de todos os segmentos do franchising:
Segmento | 2º tri de 2023 (em milhões) |
Variação 2022-2023 |
Alimentação | R$ 2.914 | 10,9% |
Alimentação – foodservice | R$ 10.270 | 16,9% |
Casa e construção | R$ 3.858 | 9,2% |
Comunicação, informática e eletrônicos | R$ 1.745 | 8,9% |
Educação | R$ 3.334 | 12,0% |
Entretenimento e lazer | R$ 596 | 9,1% |
Hotelaria e turismo | R$ 3.044 | 18,5% |
Limpeza e conservação | R$ 465 | 11,9% |
Moda | R$ 5.781 | 16,8% |
Saúde, beleza e bem-estar | R$ 13.353 | 15,9% |
Serviços automotivos | R$ 2.014 | 9,3% |
Serviços e outros negócios | R$ 6.880 | 2,9% |
Total | R$ 54.253 | 12,9% |
Projeções para o segundo semestre de 2023
Assim como no primeiro semestre deste ano, a ABF tem uma projeção muito otimista para o crescimento do sistema de franquias.
De acordo com o presidente Tom Moreira Leite, “temos expectativas positivas para o segundo semestre, marcado por datas importantes para o varejo, principalmente a Black Friday, e também feriados com viagens. O começo da queda da taxa de juros e perspectivas macroeconômicas mais positivas podem ajudar também”.
A entidade estima que, em 2023, o faturamento do franchising deve crescer entre 9,5% a 12%, aumentar o número de operações em 10%, ter uma alta em empregos de 10% e de 4% no volume de redes.