Com a pandemia do novo coronavírus, o delivery se tornou uma das principais estratégias para restaurantes continuarem com o atendimento em tempos de isolamento social.
Lorena Cota e Letícia Salgado, franqueadas da Casa Graviola, também decidiram pelo delivery como solução. Mas, pensando nos clientes e nas particularidades do momento, as sócias implementaram o serviço com medidas personalizadas.
A aposta no delivery como alternativa para navegar a crise não é única das franqueadas: a franqueadora está atenta ao recurso. Com lojas fechadas, a rede de franquias de alimentação saudável foi rápida em concentrar esforços nos pedidos para entrega.
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“Assim que a crise realmente bateu a porta, o desconforto e susto foi enorme, sim. Mas, tiramos alguns dias para pensar, e rapidamente vimos que a melhor saída era contar com o delivery”, conta Abner Lopes, sócio e fundador da Casa Graviola.
A rede buscou ampliar a oferta por meio de aplicativos de delivery, como o iFood e o Uber Eats, e atualmente está 100% focada em atender pedidos para entrega e take away.
Diante desse cenário, as Lorena Cota e Letícia Salgado desenvolveram um sistema de delivery personalizado para manter sua unidade funcionando. Franqueadas na cidade de Vitória, no Espírito Santo, as sócias buscaram criar um modelo com o máximo de segurança para clientes e funcionários.
“Inicialmente estávamos fechadas até mesmo para entregas, no entanto, analisando o cenário que estava acontecendo, buscamos alternativas viáveis. Buscamos consultoria com um médico infectologista, Dr. Vinícius Costa (CRM 38724), para viabilizar e adequar toda nossa operação”, explica Letícia.
Com a consultoria do especialista, as franqueadas estruturaram uma série de medidas que visa minimizar os riscos de contaminação durante o preparo dos alimentos e entrega dos pedidos.
Os cuidados começam já no recebimento das mercadorias. A primeira medida adotada é receber as encomendas de alimentos e insumos na porta, fazendo uso de luvas. Em seguida, toda a mercadoria é higienizada de acordo com as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Anvisa.
Além disso, o restaurante passa a operar com uma equipe reduzida. De 12 funcionários, apenas dois trabalharão nesse período, sempre utilizando equipamentos de segurança – luvas, máscaras e álcool em gel.
Processo de delivery na prática
A unidade da Casa Graviola em Vitória está operando com um programa de pedidos semanal para cada cliente.
Para organizar a demanda, as franqueadas criaram um calendário de atividades. A produção das refeições será feita em dias fixos, às terças e quartas. Já as entregas serão realizadas às quintas-feiras.
As próprias franqueadas, Letícia e Lorena, vão cuidar das entregas aos clientes, utilizando os equipamentos de segurança e deixando os pedidos na portaria.
Para terem um suporte em caso de alta demanda, as empresárias firmaram parceria com uma empresa de entrega e contrataram o serviço de dois motoboys que passarão por todo o protocolo de segurança e trabalharão exclusivamente para o Graviola às quintas.
Para evitar o contato físico com os clientes no momento da entrega, os pagamentos serão realizados de maneira antecipada através do Pic Pay. Com isso, elimina-se a necessidade de usar dinheiro ou a máquina de cartão.
Outra medida adotada é a cobrança à parte das embalagens dos pedidos, devido à escassez no mercado. Entretanto, quem preferir poderá retirar o pedido diretamente no restaurante e levar sua própria vasilha para economizar os custos de entrega e embalagem.
“A ideia é realizar um atendimento VIP levando o Graviola para todos os nossos clientes que nesse momento estão enjoados de comida caseira, que não podem se expor com idas ao mercado, que não sabem cozinhar etc.”, reforça Letícia.
A Casa Graviola oferece um cardápio com opções de refeições saudáveis, veganas e vegetarianas, incluindo sobremesas.
Os clientes devem fazer as encomendas via WhatsApp, com valor mínimo de pedido de R$ 100.