O comportamento do consumidor pós Covid-19

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2003
comportamento do consumidor pos covid
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Estamos vivendo um período totalmente inesperado e desafiador. Do aspecto da saúde, o coronavírus assombra a humanidade, com hospitais lotados, milhões de infectados, milhares de mortos e nenhuma vacina ou medicamento ainda 100% eficazes.

Justamente por conta disso, praticamente todas as cidades acabaram, em algum momento, tendo que decretar a quarentena, com o fechamento de estabelecimentos e fazendo muita gente ter que ficar em casa.

Isto acabou caindo como uma bomba na economia, pois empresas de todos os segmentos e portes tiverem redução nas vendas, funcionários tiveram redução salarial e muita gente perdeu o emprego.

E o conjunto disto tudo acaba fazendo com que alguns comportamentos dos consumidores passassem por mudanças, muito em função da redução na renda, necessidade de ficar mais tempo em casa e maior preocupação com a higiene.

Portanto, sua franquia precisará se adaptar a estes comportamentos que já estão sendo levantados por vários especialistas. De acordo com a pesquisa feita pela Toluna, muita gente já disse que manterá hábitos da quarentena para o pós Covid-19: higienização constante das mãos (59,5% dos entrevistados), Cozinhas (49,6%), Fazer cursos online (43%), ir ao mercado ou farmácia somente quando for necessário (40,6%), home office (63,6%), fazer compras online (70%).

Além disso, de acordo com a pesquisa “Medo x Desejo: Qual será a conduta do consumidor pós-confinamento?”, da G5, em relação ao setor que o consumidor está mais disposto a consumir com o novo cenário econômico temos: Alimentação e Bebidas (74,2%), Saúde (43%), Educação (26,3%), Bens duráveis (17,7%), Viagens (17,1%), Entretenimento (16,9%), Habitação (15,5%), Roupas e calçados (10,8%) e estética e beleza (10,4%). 46,2% das pessoas disseram que não pretendem voltar à rotina que tinham antes da pandemia.

Confira como as pesquisas mostram que os comportamentos ficarão em cada uma das áreas:

1) Casa

Foram em momentos de epidemias e pandemias que as arquiteturas das casas sofreram alteração ao longo da história. Por exemplo, na Idade Média, quando houve o surto da peste bubônica, as casas passaram a ter arquitetura com mais janelas e portas, buscando o aumento da iluminação natural.

Com a Covid-19, muita gente passou a adaptar a casa para conseguir trabalhar, estudar e também ter lazer. Novos espaços, como o “cantinho da higienização”, hortas, melhorias da cozinha, sala de estar e escritório tornaram-se comuns.

2) Turismo

O turismo foi um dos segmentos que mais sentiu os impactos do coronavírus. Num primeiro momento, de acordo com o estudo da G5, as pessoas voltarão a viajar para locais que possibilitem ir com o veículo próprio. As preferências estarão ligadas aos destinos com menor aglomeração, com atrativos ao ar livre, que possibilitem atividade familiar.

Além disso, boa parte das pessoas passa a preferir destinos que possibilitem fazer a reserva pela internet e de uma hora. Por isso, as empresas deste ramo precisam passar segurança terem boa presença digital, flexibilidade e pacotes inovadores.

3) Compras

Além do fortalecimento da presença digital e da busca com produtos e serviços com boas condições, por conta da redução da renda, aumenta-se a procura pelos produtos e serviços “faça você mesmo”, pelo delivery/drive-thru e por serviços de assinatura.

4) Alimentação

Os restaurantes e bares também precisaram passar por grandes adaptações para continuarem funcionando nestes períodos de quarentena. Desta forma, o delivery e o drive-thru se fortaleceram.

Com a retomada, além destes dois pontos continuarem firmes, os estabelecimentos deste ramo precisam repensar o desenho do salão. O consumidor tende a buscar espaços ao ar livre e que passem segurança. Por isso, a cozinha precisará ter padrão de limpeza hospitalar, ar-condicionado e sistemas de ventilação mais eficientes e a higienização ainda mais efetiva e constante.

De acordo com a pesquisa “O Foodservice Pós Covid”, do Almoço Grátis, em relação à confiança das pessoas, os restaurantes individuais são os com melhores índices (45%), seguidos por grandes redes (28%), redes médias (15%) e redes pequenas (11%).

Além disso, o consumidor deixa de ter foco em estabelecimentos com preços mais baratos (apenas 1% irão nestes) e passa a focar nos estabelecimentos que fazem além do básico para garantir segurança ao cliente (preferência de 59%). 24% dizem que frequentarão locais que já estão acostumados, 12% restaurantes que sabem que estão apoiando os funcionários e 4% estabelecimentos que estão com dificuldades financeiras.

Nesta mesma pesquisa, os consumidores dizem que irão procurar empatia para aquietar a insegurança. E as medidas preventivas mais esperadas são o uso de máscara pela equipe de atendimento (68%), maior espaçamento entre as mesas (49%), áreas de contato limpas imediatamente (37%) e disponibilidade de álcool em gel para os clientes (34%).

A pesquisa mostra que há uma migração do consumo fora do lar para o consumo em casa. Restaurantes full service, fast foods e self services apresentaram queda na frequência esperada, enquanto cozinhas em casa, pedidos via delivery, compras em supermercado e produtos premium para comer em casa apresentaram aumento na frequência esperada.

5) Serviços financeiros

Nos serviços financeiros as mudanças também já começam a se concretizar. O aumento de soluções digitais, como fintechs de crédito, bancos digitais, apps de pagamentos se concretizam.

A tecnologia também favorece na forma de pagamento. Com o pagamento por aproximação, via celular ou cartão, o consumidor pode evitar de ter contato com a maquininha. Além disso, as pessoas começaram a perceber que é possível viver gastando menos, e, com a crise, a busca por ajuda financeira aumenta.

6) Lazer

Cinemas, shoppings e teatros também sofreram grandes impactos com a pandemia. Ao mesmo tempo, plataformas de streaming de filmes e músicas, além de livros digitais, se fortaleceram. As lives caíram no gosto das pessoas e fizeram, inclusive, muita gente a “investir” na TV, sofá, som e na internet.

7) Trabalho

Para muita gente, o home office virou uma nova forma de trabalho. Para outros, este momento foi só uma forma de reforçar que dá para trabalhar à distância. De acordo com uma pesquisa do Talenses Group, 70% das empresas esperam continuar o trabalho remoto de forma integral ou parcial, após o fim da pandemia. Porém, numa pesquisa feita pelo Linkedin, muita gente relatou dificuldades nesta forma de trabalho, com problemas de ansiedade e estresse.

8) Saúde

Na saúde, muita coisa se concretizou e deve continuar daqui para frente. A principal delas que podemos listar é a telemedicina. Consultas com médicos, nutricionistas e psicólogos feitas de forma virtual passaram a ser comuns.

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