O tempo em que as cidades pequenas contavam apenas com pequenos negócios familiares já ficou para trás. Com o crescente movimento de interiorização do franchising, é cada vez mais comum que grandes redes de franquias se instalem em municípios menores.
A tendência vem sendo observada em diferentes segmentos do mercado, incluindo entre as tão visadas franquias de alimentação.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), 45% dos municípios brasileiros já contam com, pelo menos, uma unidade de franquia. A projeção é de que esse número chegue a 100% e, portanto, as oportunidades para investir em franchising em cidades pequenas devem se tornar ainda mais frequentes nos próximos anos.
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Para quem pensa em se aventurar nesses mercados, as expectativas são positivas. Geralmente com uma oferta menor de opções, as cidades pequenas apresentam um cenário com pouca concorrência, dando a chance de que o franqueado se torne um destaque na cidade.
Em um setor super concorrido, como o de franquias de alimentação, esse pode ser um grande trunfo – conseguir acesso a boas praças em cidades grandes já não é tão simples, e os alto custos de ocupação podem afastar muitos investidores.
Se a falta de concorrência pode ser um chamariz, por outro lado, é preciso levar em conta que o mercado de um pequeno município também pode significar um fluxo de vendas menor do que o esperado.
“O grande desafio na cidade pequena é o fluxo de pessoas. Tudo tem que ter fluxo – tanto em franquia, quanto no varejo em geral. Você tem que ter um custo adequado ao fluxo de vendas, senão a conta não fecha”, aponta Mércia Machado Vergili, consultora da GSPP.
Outro desafio em investir em franquias de alimentação para cidades pequenas, segundo Mércia, está nos hábitos de consumo mais comuns nesses locais.
“As pessoas de cidades pequenas vão almoçar em casa. Então, na hora de levar uma marca para essas cidades, isso tem que ser muito bem estudado. Algumas marcas de restaurantes, que são características de refeições de almoço – que, nas grandes cidades, têm 80% das vendas no almoço – nas cidades pequenas isso é invertido. As lojas passam a ser um point de encontro para happy hour ou jantar”, comenta a especialista.
Assim, conhecer bem a região em que o negócio será instalada é o primeiro passo para ter sucesso no empreendimento. Entender como a cidade se comporta diante de novidades e quais são os costumes locais de alimentação vai contribuir muito não só para a operação do negócio, mas também para a escolha da franquia ideal em uma fase mais inicial do projeto.
Na hora de buscar opções de franquias de alimentação para cidades pequenas, vale analisar com atenção o modelo de negócio. As franqueadoras costumam desenvolver formatos de franquia mais enxutos para essas regiões, o que ajuda a equilibrar custos e vendas dos franqueados, mantendo o negócio saudável.
“Algumas franquias têm um padrão que, para ser mantido, é preciso ter um grande número de funcionários e isso acaba dificultando. Para ir para o interior tem que ser um modelo com menor número de funcionários, menor investimento”, reforça Mércia.
Além disso, vale conferir se a rede de seu interesse já tem alguma operação em cidades pequenas. Procurar franqueados que atuam em localidades parecidas com a sua região pode ajudar a esclarecer dúvidas práticas sobre o dia a dia do negócio; pergunte como está sendo a experiência, sobre a aceitação do público, volume de vendas, rentabilidade e suporte prestado pela rede.
A seguir você confere algumas opções de franquias de alimentação para cidades pequenas. Os dados de investimento são divulgados pela ABF ou informados pelas empresas.