Não é mais preciso sair da sua própria cidade para experimentar a culinária de outras regiões ou de outros países. As franquias de comida típica, com restaurantes especializados em pratos próprios de locais diferentes, são uma forma de tornar uma cultura distante muito mais acessível – e de faturar com esse mercado.
No Brasil, algumas comidas típicas já se tornaram tão populares entre os consumidores que acabaram ganhando espaço próprio na cultura do país.
É o caso da comida japonesa. Segundo projeção da Francal Feiras, o Brasil abriga cerca de 11,5 mil restaurantes que vendem comida asiática – 3 mil deles apenas na Grande São Paulo. Da mesma forma, a culinária italiana, a chinesa e a árabe também fazem sucesso entre os brasileiros.
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Mas, não é apenas a culinária típica de outros países que se tornam foco das redes de restaurantes: pratos típicos brasileiros e regionais, como a feijoada, o baião de dois e o acarajé, também têm seu público e garantem espaço no mercado de franquias de comida típica.
“Uma vantagem desse tipo de negócio é que o investidor consegue atingir um público específico que, por gostar muito daquele tipo de alimento, valoriza e se fideliza como cliente frequente”, afirma Milena Lidor, especialista em franchising e diretora da Franquear Consultoria.
A oportunidade de fidelizar clientes é mais uma vantagem em um setor que já está consolidado. O ramo de alimentação é o que mais fatura no franchising brasileiro, de acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). No primeiro semestre de 2022, as franquias do segmento de foodservice faturaram R$ 15,9 bilhões, o que representa um crescimento de 16% em relação ao ano anterior. O
Porém, ainda que as franquias de alimentação tenham espaço para expandir em todo o país, tanto nas grandes cidades quanto no interior, é preciso que essa expansão seja feita de forma cuidadosa para as redes que trabalham com comida típica. Segundo Milena, por se tratar de um negócio de nicho, o local em que a unidade será instalada é um ponto que precisa de atenção especial.
“Uma pesquisa de mercado, para identificar o percentual de pessoas que se simpatizam com os pratos e quantas vezes estariam dispostas a consumir dentro de um determinado período, é fundamental para analisar se o investimento deve ser realizado naquela cidade ou se a franquia sofreria com a permanência no local por ser considerada como modismo pela população”, alerta a especialista.
Para conseguir ganhar o público de cada região, uma boa estratégia é apostar em publicidade. “Campanhas de marketing que consigam apresentar produtos típicos de forma que despertem o interesse da população local, considerando os hábitos de cada região, são diferenciais na hora de escolher a rede para investir”, reforça Milena.
Além disso, é importante que o candidato avalie quais são os principais ingredientes utilizados na preparação dos pratos e a disponibilidade desses itens na região em que a unidade será instalada. Segundo Milena, o fornecedor tem um papel fundamental neste tipo negócio, portanto, é imprescindível entender como funciona essa relação e quem presta esse serviço para a rede.
“Também é preciso analisar o formato de treinamento que a franqueadora irá proporcionar. Por serem pratos muito específicos, o franqueado precisa receber um suporte próximo para que o sabor e a montagem do prato estejam corretos”, aconselha a especialista.
Você confere a seguir algumas franquias de comida típica com especialidades gastronômicas diversas – são restaurantes de comida asiática, italiana, árabe, brasileira, entre outras. Os dados de investimento são divulgados pela ABF ou informados pela empresa.