Montar um negócio próprio, em outras palavras, é um investimento que o empreendedor faz, visando, após certo prazo, ter um retorno. É importante ressaltar que o investimento não é apenas financeiro, mas também envolve o tempo e o know-how da pessoa ou da equipe que está montando o negócio.
Abre-se mão de um emprego fixo, com um salário pré-determinado caindo sempre no mesmo dia todo mês, benefícios e seguros em troca da busca por um retorno maior. Basicamente, pensando na relação risco x retorno, um negócio próprio é aquele tipo de investimento que pode gerar o maior retorno possível, mas por conta disso, também tem o maior grau de risco.
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Falando especificamente de franquias, para ter direito a uso de uma marca já consolidada no mercado e também de todo um know-how, o investimento inicial para ter tudo isso acaba saindo ainda mais alto. Isso acontece justamente pois é o cenário no qual está reduzindo-se o risco, logo, o retorno total final tem mais chances de acontecer, mas, acaba sendo não tão alto quanto o do empreendedor que começou do zero e teve sucesso.
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Para quem deseja ter uma franquia, isto deve ser visto como um objetivo, assim como acontece com o sonho de comprar um carro ou uma casa. Portanto, existem três cenários que a pessoa pode seguir: Crédito, Poupar e Investir.
Mas, antes de entrar em cada um dos cenários, o primeiro passo para todos eles é levantar os custos relacionados à franquia (taxa de franquia, royalties, taxa de publicidade, contabilidade, materiais, infraestrutura, etc) e as formas de pagamento para o investimento inicial. É importante notar que alguns destes custos são apenas de investimento inicial, enquanto outros acabam sendo recorrentes. Por isso, fazer um fluxo de caixa é uma boa tática para ter noção do volume de gastos e também projetar as receitas, para ter uma noção dos resultados.
No cenário de Crédito, a pessoa tomará dinheiro emprestado de alguma instituição financeira ou até de alguma pessoa, e terá o dinheiro total na mão para fechar contrato de franqueado. É o cenário do imediatismo. Porém, como esse dinheiro é emprestado, na hora de devolver, este terá acréscimo de juros, o que fará que o valor total investido na franquia acabe ficando mais alto. Para quem opta por essa opção, ter um bom controle financeiro e o planejamento de pagamento das parcelas é fundamental, caso contrário elas podem acabar atrasando, embolando e custando ainda mais caro, por conta do efeito dos juros.
O segundo cenário é o de Poupar. Neste caso, abre-se mão de comprar a franquia neste exato momento, evitando o pagamento dos juros. A ideia é ir juntando, aos poucos, o dinheiro necessário para o investimento na franquia. O grande desafio, é ter o hábito de ver essa reserva como uma das contas mensais, ou seja, já a partir do momento que as remunerações entram na conta, a pessoa separe o dinheiro que será destinado ao pagamento da franquia. É importante que esse dinheiro fique separado da conta corrente; caso contrário, é muito difícil mantê-lo separado, pois aos pouquinhos a tendência é ir usando para outras finalidades.
O terceiro cenário, de Investir, é muito parecido com o de Poupar, com a diferença que o dinheiro não vai só ser guardado mês a mês, mas vai ter os juros trabalhando a seu favor, encurtando o tempo para a compra da franquia. Se deixamos o dinheiro parado, a inflação vai fazendo com que este acabe perdendo o seu poder de compra, logo, é interessante buscar investimentos que, pelo menos, acompanhem a inflação, e, com a atuação dos juros, farão o próprio dinheiro ir se valorizando. Aqui também é fundamental ter o hábito de separar o dinheiro, não usá-lo, e, entender a rentabilidade do investimento ao longo do tempo.
Basicamente, em todos os cenários, é fundamental um bom planejamento para que o dinheiro seja utilizado da forma correta e comece a dar seus resultados. Por isso, tudo deve ser registrado e analisado, seja pela própria pessoa, ou até com o auxílio de especialistas, para que no final das contas, o investimento em uma franquia gere bons resultados, e não o desperdício de dinheiro.