Cada vez mais a vontade de empreender está atingido pessoas das mais variadas idades. Hoje é comum, por exemplo, que jovens saiam dos colégios e das universidades e já pensem em abrir o seu próprio negócio. Isso, em grande parte, porque eles têm mais ousadia e menos medo de arriscar do que os mais velhos.
Segundo pesquisa da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), dois em cada três jovens brasileiros planejam empreender nos próximos anos. Ainda de acordo com a pesquisa, as principais motivações dos jovens que querem ter o negócio próprio são realização pessoal, ganhos financeiros e não trabalhar com chefes.
Além disso, apesar de a experiência no mercado de trabalho fazer toda a diferença na hora de ter sucesso na carreira, começar a empreender desde cedo pode ser positivo na carreira de qualquer jovem.
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Mas, antes de se aventurar por este caminho, é preciso entender que os jovens empreendedores se darão bem se fizerem algo que gostem e entendam. Portanto, antes de pensar em boas ideias, o empreendedor precisa fazer uma autoavaliação para saber em qual estilo de negócio investir.
“O novo empreendedor precisa avaliar um negócio com o qual ele se identifique. Não adianta uma pessoa que não come comida japonesa pensar em implantar um restaurante assim, por exemplo. É importante gostar não apenas do seu estabelecimento, como também dos seus produtos”, explica a advogada Marina Bechtejew, membro da Ordem dos Advogados do Brasil, da Associação dos Advogados de São Paulo e da Associação Brasileira de Franchising.
Não é só isso: segundo Marina, antes de investir, o empreendedor precisa avaliar, também, o dinheiro que tem disponível, algo de extrema importância para saber lidar com o dia a dia de seu negócio. “Feita essa lição de casa inicial, ele poderá buscar opções que poderão ser implantadas”, completa a especialista.
É importante lembrar ainda que qualquer negócio guarda riscos, não havendo garantia de retorno e nem de sucesso.
“Toda a atividade pode ser boa, sendo necessário, contudo, uma análise do mercado em que se pretende implantar o estabelecimento comercial. Se em uma cidade o mercado de perfumes já estiver saturado, as chances de uma empresa do segmento ter êxito nesta cidade são mais baixas”, explica Marina.
Com base nisso, O Guia Franquias de Sucesso levantou nove ideias de negócios para os jovens empreendedores começarem a carreira. Confira!
1. E-commerce
Criar uma loja virtual é uma maneira bastante interessante de vender um produto sobre o qual você realmente entende, além de saber oferecer um diferencial. Além disso, por não precisar de um ponto para comércio dos produtos, o investimento na empresa acaba sendo mais baixo que o de uma loja tradicional.
2. Serviços mobile
Não tem como negar que os serviços mobile estão cada vez mais presentes na vida das pessoas. Desenvolver um aplicativo que ofereça alguma funcionalidade útil para os usuários, por exemplo, tem grande chance de dar certo, além de também contar com a facilidade de precisar de investimentos mais baixos pela não necessidade de firmar um ponto para o comércio, o que pode ser feito online.
3. Entretenimento
Ninguém gosta mais de se entreter do que os jovens. Assim, criar um modelo de negócio baseado em oferecer entretenimento diferenciado e de qualidade para determinado tipo de público também pode ser uma grande ideia de negócio. Mesmo com a crise econômica que ainda está presente no país, as pessoas não deixaram de investir em momentos de diversão com a família, o que atesta como este mercado é uma boa opção.
4. Games
Esse é um mercado que cresce anualmente, seja nos consoles ou nos dispositivos móveis. Desta forma, apostar neste segmento – que é apaixonante para muitos jovens – também tem uma grande probabilidade de sucesso. E, mais importante, quando se trabalha com aquilo que se ama as chances de tudo dar certo são muito maiores.
5. Manutenção de bens
A crise econômica fez com que muitos brasileiros freassem o consumo supérfluo, usando por mais tempo bens mais caros, como carros, celulares e computadores. Com isso, investir na área de reparos e consertos é um bom caminho para quem quer empreender, pois, se os consumidores não estão adquirindo novos produtos, fatalmente acabarão precisando de manutenção quando seus equipamentos quebrarem.
“Os segmentos de consertos e reformas, incluindo consertos de veículos, têm sido muito interessante; afinal, é mais barato consertar e reformar. Esse segmento também se aplicaria às roupas e aos outros objetos, como eletrodomésticos, por exemplo”, conta Marina.
Alguns exemplos de negócios nesse ramo são oficinas mecânicas de carros ou motos, empresas de serviços gerais, como encanador e eletricista, conserto de computadores e informática, recarga de cartuchos para impresoras, conserto de ar condicionado e eletrodomésticos e consertos e reformas em imóveis.
6. Alimentação e conveniência
Ok, não tem como negar que comida é algo que as pessoas simplesmente não param de consumir, mesmo com a crise. Por isso, uma opção interessante para o empreendedor que deseja entrar nesse setor é investir em alimentação.
“Alimentação é sempre uma boa opção, afinal, as pessoas precisam se alimentar, e normalmente é complicado voltar para casa para poder almoçar, ou ainda, preparar almoço para levar ao trabalho”, pondera Marina.
Outro ponto para ficar atento: as comidas mais saudáveis, assim como as alternativas (como a alimentação sem lactose, sem glúten), são sempre boas pedidas, já que os consumidores buscam melhorar a sua saúde.
7. Beleza e estética
O segmento de beleza e estética, incluindo cosméticos, no Brasil também são muito interessantes, já que essa é uma área que permanece aquecida. Cada vez mais estabelecimentos especializados em nichos, como as empresas de design de sobrancelha ou as esmalterias, ampliam suas operações. Para quem tem afinidade com esse tipo de negócio, o investimento continua valendo a pena.
8. Varejo de moda
O mercado de confecção e venda de roupas teve um tempo de crise por conta da retração econômica, mas já está voltando aos patamares anteriores. Isso porque quando o assunto é moda, as mulheres não só lideram o setor como também são a aposta de investimento de muitas novas empresas.
Mas, atente-se à dica: para quem quer se diferenciar da concorrência, produzir roupas e acessórios de nicho é uma ótima saída. Preste muita atenção ao atendimento, além de fazer bom uso dos canais disponíveis para conhecer e engajar seus clientes.
9. Franquias
Opção para quem não tem tanta familiaridade com o empreendedorismo, mas deseja entrar no mercado, é investir no modelo de franquia. Por já vir com o modelo de negócio pronto, o processo de vendas fica mais simples e dinâmico.
O mercado de franquias tem opções de redes que atuam nos mais diversos nichos e segmentos, com modelos de negócio variados que se encaixam em diferentes perfis de empreendedores, desde lojas tradicionais até franquias de prestação de serviços, food trucks, quiosques e trabalho home office. Além disso, é possível encontrar opções que exigem baixo investimento – até franquias que custam menos de 5 mil reais.
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Jogo rápido: 8 dicas para jovens empreendedores (ou empreendedores de primeira viagem!)
Não basta ter boas ideias de negócios, para que você se dê bem ao empreender, é preciso ficar atento aos passos abaixo!
1. Faça um bom planejamento;
2. Busque um negócio com o qual se identifique;
3. Analise o seu próprio perfil para entender se é melhor buscar uma franquia ou começar um negócio próprio;
4. Estude o mercado, produtos, serviços, fornecedores e outros;
5. Verifique o local onde pretende implantar o estabelecimento e cheque se é permitida a atividade pretendida no local (habite-se e alvará);
6. Quando encontrado o ponto onde se pretende implantar o negócio, verifique o estado de conservação do imóvel, as obras que serão necessárias, bem como as negociações de aluguéis e carências necessárias;
7. Cuide da constituição de empresa;
8. Atente-se à assinatura de contrato de franquia, caso se trate de uma empresa franqueada.
