As franquias de alimentação são as mais populares do mercado. E, quando pensamos nas franquias deste segmento, é fácil associá-las às praças de alimentação de shopping centers. O shopping é um espaço com alto fluxo de pessoas, e muitos consumidores que procuram as áreas de alimentação para fazer refeições fora de casa.
A visibilidade, a segurança e o movimento em todos os dias da semana fazem com que franquias de alimentação para shopping sejam modelos super atrativos. Mas, este não é um investimento barato.
Nesta matéria, você confere as vantagens e desafios de abrir uma franquia no shopping e ainda encontra opções de franquias de alimentação para shopping, com modelos de loja e de quiosque. Boa leitura!
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“Quando se fala em abrir uma franquia, o shopping é sem sombra de dúvida um dos locais a serem considerados na pesquisa para a instalação da marca”, afirma Roberto Vautier, especialista em franquias na AGR Consultores.
Os números do setor impressionam. De acordo com dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (ABRASCE), o Brasil tem 563 shopping centers que recebem 490 milhões de visitantes todos os meses.
Em 2018, o faturamento dos shopping centers brasileiros chegou a 178,7 bilhões de reais. São mais de 104 mil lojas instaladas nesses estabelecimentos, e mais de 1 milhão de empregos gerados. Para 2019, a ABRASCE estima que 15 novos shoppings devem ser inaugurados.
“Os números são tentadores e somados aos benefícios oferecidos como segurança, limpeza, horário estendido de funcionamento, estacionamento, banheiros, climatização, geram um grande poder de atratividade”, pontua Vautier.
Vale a pena abrir uma franquia de alimentação no shopping?
Com todas essas vantagens, não é surpresa que os shopping centers figurem entre os locais preferidos para instalação de franquias.
Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) apontam que 24,9% das unidades de franquias ativas no primeiro trimestre de 2019 estavam operando no shopping. O formato fica atrás apenas dos tradicionais pontos comerciais de rua, que tem 61,3% das unidades de franquias.
Mesmo com todos os benefícios que um ponto de shopping pode oferecer, “nem tudo são flores”, como assinala Roberto Vautier.
“Franqueados sofrem com os custos de ocupação, do lucro reduzido, da forte concorrência e da necessidade de contratação de mais funcionários para cumprir os horários de funcionamento do shopping”, comenta o especialista.
De fato, os custos para abrir uma franquia no shopping podem ser bastante elevados, superando o investimento necessário para uma loja de rua, por exemplo. Além do capital inicial para a instalação da franquia, com compra de mobiliário, adequação do espaço ao projeto arquitetônico da marca, obras e reformas, os pontos de shopping centers ainda têm despesas fixas mensais.
Como explica Roberto: “existem três despesas mensais que compõem o custo total de ocupação: o aluguel, a taxa de condomínio e a taxa do fundo de promoção (despesa rateada entre grande parte dos lojistas, que serve para divulgar o shopping). Além das taxas mensais, temos o pagamento das chamadas ‘luvas’ que são tarifas referentes ao direito de uso daquele espaço e que variam de acordo com a localização dentro do shopping”.
Portanto, antes de tomar a decisão entre uma loja de shopping, de rua ou outro local para instalação da franquia, é fundamental colocar todos os números na ponta do lápis. Pesquise os custos de ocupação do shopping pretendido e compare com os custos de uma loja em outro ponto de venda.
Além disso, confirme de o shopping em que você deseja abrir o negócio recebe um público compatível com o perfil da franquia de seu interesse. Um alto fluxo de pessoas não significa necessariamente que a sua loja vai ser bem sucedida; é preciso que esses consumidores que circulam pelo shopping estejam alinhados ao seu público-alvo.
Roberto indica que o franqueado leve em conta na hora de negociar um ponto para franquias de alimentação em shopping:
- Onde estão localizados os possíveis concorrentes diretos;
- Quais são as áreas disponíveis e os custos de cada uma delas;
- Onde circulam os clientes alvo da marca;
- Suporte da franqueadora, que tende a ter uma experiência maior no processo de escolha do ponto.
“Em época de crise, a vacância em muitos shoppings centers aumentou consideravelmente, gerando boas oportunidades de negociação para quem quer entrar ou apenas renegociar seus contratos, principalmente se for uma marca relevante na visão dos gestores do empreendimento”, acrescenta o especialista.
Loja ou quiosque: qual é melhor?
Ao pensar em franquias de alimentação para shopping, surgem logo duas oportunidades de negócio: as franquias de loja, geralmente instaladas em praças de alimentação, e as franquias de quiosque, que ficam em corredores em diferentes pontos do shopping. Mas, qual desses formatos é melhor?
“Responder qual é o melhor modelo, depende de inúmeras variáveis dos três pilares de uma franquia: o franqueado, a franquia e o cliente. Do lado do franqueado, temos que analisar o valor a ser investido e a expectativa de retorno. Pelo lado da franqueadora, temos que levantar quais os modelos de negócio que melhor se adequam ao segmento de atuação e os cases da empresa. Já o cliente, bom, é só o mais importante pilar; logo, precisamos conhecer a fundo seus hábitos e desejos de compra para buscar investir no formato que melhor atenda suas necessidades”, esclarece Roberto Vautier.
De acordo com o especialista, os dois modelos apresentam prós e contras. Enquanto as lojas exigem um investimento mais alto e espaço maior, elas também permitem trabalhar com estoque mais amplo, cozinha completa e um cardápio mais variado.
Já os quiosques têm espaço mais compacto, o que muitas vezes significa um mix de produtos mais enxuto, porém também apresenta um investimento inicial mas baixo e custos fixos reduzidos.
Opções de franquias de alimentação para shopping
A seguir você confere algumas opções de franquias de alimentação que trabalham com modelos de negócio que podem ser instalados em shopping centers, seja no formato de loja ou de quiosque. Os dados são divulgados pela ABF ou pelas empresas.