O mercado de beleza segue chamando a atenção de consumidores e empreendedores. Para quem busca um negócio que se diferencie das lojas de cosméticos, salões de beleza e barbearias que se multiplicam no setor, as franquias de clínicas de estética são um nicho bastante interessante.
Com serviços que abrangem tratamentos diversos, desde tratamentos para emagrecimento até técnicas voltadas para pele, peeling, massagens, entre outros cuidados faciais e corporais, as clínicas de estética conseguem atrair tanto o público feminino quanto o masculino, com clientes de diferentes idades em busca de melhorias em beleza e bem estar.
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“O segmento de beleza sofre menos com as crises, principalmente por conta das datas sazonais e o consumo por impulso. É um mercado que cresce relativamente bem e gera muitas inovações em tratamentos e máquinas”, afirma Fabio Stumpf, consultor de negócios e diretor-executivo da Solace Institute.
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Segundo dados da Euromonitor, a perspectiva é de que o mercado de beleza brasileiro registre um crescimento acumulado de 14,3% no período de 2015 a 2020, algo em torno de 2,7% ao ano. Assim, em 2020, o faturamento desse setor pode ultrapassar a marca de 115 bilhões de reais.
Dentro do mercado de franquias nacional, as redes de de saúde, beleza e bem estar vêm crescendo a passos largos: em 2017, esse foi o segmento que mais cresceu. Com um aumento de 12,1% no faturamento, o setor movimentou mais de 30 bilhões de reais no ano passado, de acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Neste ano, o crescimento continua – o primeiro semestre de 2018 registrou um faturamento 5,3% maior que o do mesmo período em 2017.
Com um cenário tão promissor, cada vez mais empreendedores entram nesse mercado, o que faz com que a concorrência seja um desafio. Fabio Stumpf aponta: “existe uma quantidade expressiva de clínicas de estética abertas e muitos salões de beleza estão expandindo suas ações para esta área”.
Assim, é preciso buscar pelos diferenciais das franquias de clínicas de estética: tipos de tratamentos, equipamentos e técnicas utilizadas são pontos que merecem atenção na hora de analisar as opções de redes. Os investimentos da empresa em inovação também devem ser levados em conta, afinal, esse é um setor em que os consumidores ficam de olho nas novidades e estão sempre em busca de novas soluções.
Para Stumpf, o maior desafio desse mercado é a mão de obra qualificada e especializada. “É um grande desafio: como se trata de um serviço, o empresário precisa o tempo todo capacitar sua equipe e também pensar na necessidade de substituições de pessoal, uma vez que determinado profissional, pode se tornar um parceiro ou seu futuro concorrente”, explica o especialista.
Assim, os treinamentos e manuais disponibilizados pela franqueadora aos franqueados e funcionários também devem ser avaliados com cuidado – redes que oferecem capacitação contínua e atualizações por meio de plataformas online podem trazer um diferencial interessante para o desempenho da unidade, por exemplo.
Outro cuidado a ser tomado pelo investidor diz respeito à escolha do ponto comercial da franquia. Aqui, é fundamental instalar-se em locais próximos ao seu público-alvo, uma vez que muitos consumidores buscam praticidade e fácil acesso para incluir tratamentos estéticos na rotina.
“Uma coisa muito importante neste segmento é identificar bem o público alvo, entender a política de preços e tratamentos oferecidos – eles precisam estar em conformidade com o público-alvo e o ponto do negócio. Não adianta querer atender os clientes classe A e estar com um ponto que não tem um fluxo desse consumidor”, completa Stumpf.
Quanto custam as franquias de clínicas de estética?
O potencial do mercado é atrativo, mas será que esse negócio cabe no seu bolso?
As franquias de clínicas de estética não são as opções mais baratas no segmento de beleza: redes que trabalham apenas com serviços mais simples, como esmalteria e sobrancelhas, costumam ter investimento mais baixo do que as clínicas com tratamentos estéticos mais avançados.
“É um mercado onde o investimento é significativo, mas não é tão significativo em comparação a outros segmentos que necessitam de maquinário e equipamentos caros, até porque no segmento de estética estes equipamentos podem ser sublocados”, pondera Fabio Stumpf.
Nesse contexto, é possível encontrar opções mais enxutas por menos de 100 mil reais, assim como modelos mais completos que pedem investimentos superiores a 300 mil reais.
“Deve-se ficar atento aos custos fixos também. Então, cuidado especial para não investir numa infraestrutura que fique tão pesada, dispendiosa para empresa, ao ponto de ter que gerar um faturamento altíssimo para suprir os custos fixos. Um bom equilíbrio é fundamental. Os custos fixos não podem ultrapassar cerca de 30% do faturamento do negócio”, aconselha Stumpf.
A seguir você confere algumas opções de franquias de clínicas de estética. Os dados de investimento são informados pelas empresas ou divulgados pela ABF.