Com a continuidade do crescimento econômico e o investimento das redes de franquias em inovação, o franchising brasileiro registrou crescimento de 8,4% entre os meses de abril e junho de 2018, em comparação com o mesmo período do ano passado. Com faturamento que saltou de 37 bilhões de reais para 40,7 bilhões de reais, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) estima que o setor permanece em alta.
Com estruturas de fácil gerenciamento, as franquias self service ganham destaque no mercado e se espalham por diferentes segmentos do franchising, com maior concentração nas franquias de alimentação. O mais importante neste negócio é uma estrutura mais simples e organizada, que atraia os clientes justamente pela autonomia de poderem se servir.
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O termo em inglês pode fazer imaginar que o self service foi criado fora do país, mas servir comida por quilo, em que o próprio cliente monta seu prato, é uma criação nacional que agrada muitos brasileiros – e franqueadoras.
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O Sebrae lançou uma pesquisa com o intuito de estudar o perfil de pequenos negócios do segmento de alimentação, para descobrir como os brasileiros se alimentam fora de casa. Cerca de 61% dos restaurantes oferecem aos clientes a facilidade de atendimento self service em algum momento do dia, e 47% trabalham exclusivamente com este tipo de serviço.
Com a alta dos números e a ótima recepção dos consumidores, o franchising brasileiro enxerga nesta modalidade de restaurante um potencial de expansão para formatação e replicação de negócios. Franquias self service normalmente são instaladas em praças de alimentação de shoppings, aeroportos e galerias, com o intuito de conquistar o cliente pelo preço, paladar e agilidade no atendimento.
De acordo com o Sebrae, os consumidores que escolhem se alimentar em restaurantes self service, optam pela comida de qualidade e pela falta de tempo, praticidade que não encontram em restaurantes com prato à la carte na correria do dia a dia. Mesmo com número ainda restrito de franqueadoras especializadas em buffet self service, o mercado aponta para boas oportunidades de expansão.
Normalmente, as franqueadoras exigem ponto comercial que tenham um salão amplo, com espaço suficiente para acomodar mesas, cadeiras, bancada onde os alimentos serão servidos, e caixa. Cozinha e depósito também têm grande importância neste modelo de negócio mas, geralmente, ficam na parte interna das lojas, sem acesso dos consumidores.
Franquias self service, por exemplo, exigem menos pessoal para funcionar, uma vez que o próprio cliente se serve. Por isso, é importante que os franqueados contratem bons cozinheiros e ajudantes de cozinha, além de empregados de serviços gerais para manter a limpeza e organização do ambiente.
Investimento em franquias self service
Para investir em uma franquia self service, o empreendedor precisa ficar atento a alguns fatores: perfil da franqueadora, ponto comercial em que a unidade será instalada, estrutura e dimensões do local.
Em termos de estrutura básica, um restaurante que tenha 120 metros quadrados e sirva 250 refeições por dia, exige um investimento de, em média, 200 mil reais. Além disso, há os custos de reforma do imóvel, aplicação do sistema de informação, compra de equipamentos, abastecimento do estoque. Os valores de investimento, geralmente, são mais elevados. Entretanto, as projeções de retorno são promissoras.
A especialista em franquias da GSPP Mércia Machado Vergili afirma que no país as franquias que oferecem serviços de self service têm se tornado tendência no mercado, ao facilitar e agilizar o atendimento aos clientes.
“Algumas franquias de fast-food, por exemplo, têm utilizado este sistema, que se conclui já com o pagamento, diminuindo o contato com o atendente e aprimorando a experiência de compra”, ressalta a consultora.
Por ser tendência no mercado brasileiro, as franquias deste formato apresentam destaques que podem ser vantajosos para muitos empreendedores. Como os próprios clientes montam suas refeições, as unidades dependem de poucos funcionários e a maior parte do investimento fica para a equipe da cozinha.
“O auto-atendimento também auxilia na redução de filas e maior agilidade no atendimento o que, consequentemente, aumenta o fluxo de pessoas que terão seus pedidos entregues com mais rapidez”, afirma Mércia. A especialista também destaca a redução do desperdício em lugares em que é possível montar o próprio prato.
Entretanto, é preciso que o franqueado conte com uma equipe de funcionários bem treinada para dar condução ao processo de atendimento com agilidade, uma vez que uma das etapas de serviço ao cliente é eliminada, com o serviço do garçom, por exemplo. Mércia completa: “em algumas redes, o funcionário que participa do preparo é o mesmo que realiza a cobrança, por isso, é preciso ter uma equipe em sintonia para evitar erros”.
A especialista aconselha que, no caso das redes que utilizam atendimento via totem, é preciso que o franqueador tenha uma plataforma bastante intuitiva e, até mesmo, com atendentes específicos para auxiliar na operação – como nos caixas eletrônicos dos bancos – uma vez que o público que não costuma utilizar esse tipo de canal pode ter problemas no momento, podendo desistir da compra.
“Embora seja uma tendência é necessário realizar um estudo na região onde o negócio será implementado para saber como será a recepção e aderência do público ao modelo. Também é válido observar se existem concorrentes e, caso haja, verificar como a operação tem se saído para evitar trazer um negócio que seja mais do mesmo”, sugere Mércia.
A seguir, selecionamos opções de franquias de self service para atendimento ao cliente. Os dados de investimento foram fornecidos pelas próprias empresas ou retirados do site da ABF.