Preço de franquias: quanto custa para se tornar um franqueado?

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preco de franquias
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Para quem está entrando no mundo do franchising e considera optar por uma franquia para abrir um negócio, uma questão importante marca o início das buscas: o preço de franquias.

É seguro abrir uma franquia mesmo sem experiência em negócios ou tampouco alguma relação com o setor de atuação? Não tem como evitar essa pergunta, não é mesmo? Muitos potenciais empreendedores demonstram essa preocupação compreensível, tendo em vista que abrir um negócio próprio, seja motivado por uma decisão planejada há anos ou como consequência de uma perda de emprego, representa uma mudança significativa na vida de qualquer pessoa.

Saiba que o investidor, quando opta por uma franquia, está comprando a experiência e a capacidade do franqueador em transferir não apenas o conhecimento, mas também o suporte e a estrutura suficiente para que o negócio prospere. Isso faz com que os riscos sejam minimizados.

Além disso, ao optar por uma franquia, você também tem auxílio em diferentes etapas da cadeia: a escolha do ponto comercial, a gestão da loja, o planejamento financeiro, a estrutura de operações e marketing, o treinamento para contratação de funcionários, entre outros pontos. Isso, é claro, com o franqueado estando conectado com a franqueadora e trabalhando para que o negócio cresça.

No entanto, para aqueles que estão pensando em fazer esse tipo de investimento, a dúvida que permanece é certa: quanto custa para se tornar um franqueado? Esta matéria vai acabar justamente com essa questão, tão importante para se planejar para a abertura de uma empresa no mundo do franchising.

Preço de franquias: como é o investimento?

Para que entenda todo o processo é preciso, antes de tudo, saber que apesar de o investimento variar de franquia para franquia, há alguns pontos que são essenciais em todo o processo.

Segundo o artigo terceiro da Lei de Franquia, na Circular de Oferta de Franquia, que é o documento que deve ser entregue pela franqueadora ao candidato a franqueado, deve constar o total estimado de investimento inicial necessário à aquisição, implantação e entrada em operação da franquia.

“Trata-se de um valor estimado, que obviamente poderá sofrer alterações, principalmente em razão do ponto comercial escolhido para instalar a franquia, da região onde se pretende implantar o negócio, entre outros. Mas, é importante para que o candidato possa avaliar se é possível ou não investir naquele negócio”, explica Marina Nascimbem Bechtejew Richter, sócia do escritório NB Advogados e autora do livro “A Relação de Franquia no Mundo Empresarial e as Tendências da Jurisprudência Brasileira”.

Para que entenda como é feito o cálculo, normalmente as franqueadoras levam em consideração o valor que foi gasto para a montagem das últimas lojas, fazendo as revisões que julgar conveniente.

Além da estimativa do investimento inicial, a Lei de Franquia exige que o franqueador esclareça ao candidato a franqueado os valores que serão pagos a título de taxa inicial de franquia, royalties ou taxa mensal de franquia, taxa de publicidade ou semelhante.

“A taxa inicial de franquia normalmente é paga quando o candidato assina o pré-contrato. A taxa mensal de franquia [royalties] normalmente é paga mensalmente, pela utilização periódica do sistema, da marca ou serviços efetivamente prestados pelo franqueador ao franqueado, assim como a taxa de publicidade”, explica a especialista.

É importante destacar, ainda, que a cobrança das taxas varia de rede para rede, sendo importante a análise da COF para verificar se haverá ou não a cobrança e a que título será a cobrança.

O investimento em uma franquia envolve ainda o pilar humano. “Ou seja, o franqueado tem que ter um determinado aporte, dependendo do modelo e segmento da franquia, e também entrar com investimento humano, que é oferecer o seu tempo e disponibilidade para aquele negócio rodar e dar lucro”, lembra Leiza Oliveira, CEO da Minds English School.

A seguir, confira uma tabela feita por Márcio Ucha, coordenador de expansão do Grupo Ornatus, que explica algumas das taxas que podem estar envolvidas com a abertura de uma franquia.

INVESTIMENTO O QUE É
Taxa de franquia Pago no ato da assinatura do contrato de franquia
Projetos complementares/arquitetura Projetos complementares são pagos no decorrer da obra, de acordo com a necessidade. Certas vezes está incluso na taxa de franquia.
Obra civil As obras podem ser descentralizadas (quando o franqueado pode desenvolver  com profissionais contratados diretamente); ou, em algumas franquias, centralizado, quando o franqueador define quem é o empreiteiro. Os valores gastos com obras são diluídos durante o período em que a loja está sendo desenvolvida.
Móveis Pagos durante a contratação, parcelado de acordo com a disponibilidade de parcelamento do fornecedor. Geralmente o valor é finalizado até o final da instalação.
Estoque inicial Comprado para montar o enxoval da franquia e muitas vezes precisa ser pago à vista para evitar problemas com capital de giro após inauguração da operação.
Abertura de empresa Pago no ato da solicitação de abertura da empresa diretamente ao contador de escolha de cada franqueado.
Despesas pré-operacionais Valores diversos gastos durante período de implantação da operação. (Não são direcionados à franqueadora, mas sim para cobrir custos do período de implantação de loja, tais como combustível, táxi, impressos, etc.)
Marketing de inauguração Pagos diretamente ao veículo contratado para divulgação e de acordo com o plano e no decorrer das ações.

O que está incluso no valor do investimento inicial?

A Lei de Franquia exige que na estimativa do investimento inicial presente da COF conste quanto o franqueado precisará dispor para ter uma loja montada e pronta para ser operada. Por esse motivo, é importante constar os valores que serão necessários para a aquisição de mobiliário, estoque inicial, equipamentos, reforma do ponto, capital de giro, entre outros.

“Normalmente, o investimento inicial é a taxa de franquia e nele estão inclusos o direito de uso da marca e a transferência de know how, que é realizada através de treinamentos e suporte aos franqueados. Algumas franqueadoras oferecem o modelo chave na mão, onde o franqueado recebe o seu estabelecimento pronto para início da operação”, explica Corintho Junior, especialista em franquias.

Além disso, é preciso lembrar que existem custos com adequação do imóvel e capital de giro, uma reserva que o franqueado necessita arcar com os custos dos primeiros meses da operação, os quais serão desembolsados posteriormente pelo franqueado durante a implantação da loja.

“Essas taxas representam uma forma de assegurar o procedimento do negócio. As franqueadoras costumam, após avaliação do setor, definir o valor do investimento inicial de acordo com o especificado para cada taxa. Essa é uma forma de segurança para garantir a fluidez do negócio”, ressalta Claudia Coifman, gerente nacional de gestão de lojas e expansão do Grupo Acerte Franchising.

Taxas periódicas de franquia

Existem, ainda, algumas taxas periódicas em uma franquia, como é o caso do royalties e a taxa de propaganda.

Os royalties são a remuneração paga à franqueadora pelo uso da marca e do sistema de franquia, a verba da franqueadora; enquanto que a taxa de propaganda não constitui receita da franqueadora, cabendo à franqueadora o direito de administrar as verbas destinadas ao fundo de publicidade.

“Para essas taxas, não existe uma regra. Os royalties e o fundo de propaganda podem ser cobrados com base no faturamento bruto da empresa, com base na aquisição dos produtos ou outros meios. O importante é que conste na COF e no contrato de franquia como será feito o cálculo do valor e como ele será pago”, conta Marina.

Custos operacionais e despesas comuns do negócio

Um franqueado também precisa considerar gastos comuns de um negócio, como aluguel, estoque, funcionários etc., os quais devem fazer parte do planejamento financeiro. Aqui, os mais comuns são:

  • Aluguel e outros valores devidos ao proprietário do imóvel, tais como condomínio e IPTU. É importante lembrar, ainda, que é fundamental uma boa negociação sobre esse valor, pois um aluguel mal negociado pode acarretar no insucesso financeiro da operação franqueada.
  • O estoque, que é fundamental para a operação de comercialização.
  • Os funcionários, sendo importante avaliar o quadro de equipe que será necessário para a atividade da franquia.
  • Custos fixos, os quais são rotineiros da operação, como contador, telefone, energia, água, material de escritório, seguro de loja etc.

Quais são, afinal, os preços de franquia?

Dito tudo isso, é fácil perceber que os preços de franquia podem variar – e muito! – conforme a marca escolhida, o setor de atuação, o modelo do negócio, ponto comercial, entre outros fatores.

Essa ampla variedade de valores de investimento torna possível encontrar opções de negócios que cabem no bolso de diferentes perfis de investidores: desde quem quer abrir um negócio com pouco dinheiro até quem dispõe de um capital elevado. Assim, tanto há franquias no mercado que custam menos de 5 mil reais quanto modelos que custam mais de 1 milhão de reais.

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