Problemas pessoais inspiram criação de franquia que fatura mais de R$ 10 milhões

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ricardo cruz nação verde
ricardo cruz nação verde

Momentos difíceis da vida pessoal podem inspirar uma transformação geral, inclusive na vida profissional. Foi o que aconteceu com Ricardo Cruz. Um problema de saúde na família e uma situação de risco pessoal o levaram a mudar tudo e começar um novo negócio. Hoje, o empresário comanda a Nação Verde, rede de franquias de produtos naturais que faturou mais de 10 milhões de reais em 2018.

A história da Nação Verde se mistura com a trajetória pessoal de Ricardo, fundador da marca que conquista, cada vez mais, o nicho de alimentação saudável do Brasil. Com desempenho positivo e em franca expansão, a Nação Verde já conta com mais de 60 unidades franqueadas espalhadas por diferentes regiões do país.

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O interessante do franchising, e o que demonstra o potencial de adaptação ao formato de atuação desse modelo de negócio, é que muitos dos empreendedores começaram a trajetória profissional em ramos diferentes do que consolidaram uma rede de franquias, como é o caso de Ricardo.

Com formação profissional em administração de empresas e pós graduado em consultoria estratégia, Ricardo trabalhava, inicialmente, com uma paixão de vida: era dono de quatro concessionárias de motos. Depois de um longo período trabalhando exclusivamente no mercado de concessionárias, um acontecimento na vida de Ricardo foi capaz de mudar sua rota pessoal e profissional.

O ano era 2008 e a mãe de Ricardo foi diagnosticada com câncer, o que exigiu maior cuidado com alimentação. A dieta tinha algumas restrições alimentares e priorizava alimentos mais frescos, naturais e, inclusive, a adoção de suplemento alimentar à base de aloe vera. À época, o mercado de alimentação saudável no Brasil ainda engatinhava, e Ricardo encontrou uma série de dificuldades para construir a dieta da mãe, principalmente na compra do suplemento, que precisou ser importado dos Estados Unidos.

Os desafios enfrentados na busca do suplemento foram tamanhos, que Ricardo fez uma promessa: caso a mãe melhorasse a condição de saúde, o empreendedor iria se dedicar ao mercado de alimentação saudável, produzindo o suplemento em solo brasileiro. Ainda na busca por uma alimentação mais saudável, Ricardo criou um blog no qual escrevia sobre alimentos mais naturais e dietas mais saudáveis.

Com os estudos acerca da temática avançando, o empreendedor começou a tirar do papel algumas projeções para iniciar a estruturação da nova marca. No primeiro andar de uma das concessionárias, estruturou um ambiente voltado para comercialização de um detox à base de aloe vera, o Aloe Potion. Naquela sala, ainda dentro de uma concessionária, começou a nascer a Nação Verde.

Com a estruturação inicial da Nação Verde no primeiro andar de uma das concessionárias, outro evento traumático aconteceu na vida de Ricardo. Um assalto, que quase vitimou o empreendedor, foi motivador para o encerramento das atividades das concessionárias. O empresário manteve apenas a Nação Verde, estruturando a primeira sede na cidade de Santana, em São Paulo.

“Eu acredito que muitas pessoas são levadas e influenciadas a fazer coisas, seguirem profissões por vontade dos outros e, infelizmente, não têm a opção de fazer suas próprias escolhas. Então, para mim, ter meu próprio negócio e conseguir alinhar o meu trabalho com o propósito de vida é a maior conquista e realização”, afirma Ricardo Cruz, fundador da Nação Verde.

Desde o início das operações, Ricardo construiu um planejamento para que a marca pudesse ser especialista na venda de produtos naturais e, ao mesmo tempo, ser uma marca multicanal, com venda direta, em e-commerce e também nas lojas físicas.

Ricardo conta que: “um dos maiores desafios foi que a loja demorou dois anos para ser construída, a ideia em si. Foi necessário muito estudo sobre desenvolvimento de produtos, nomes, como gerir uma marca desse nível, vendas, tipos de produtos”.

O empreendedor comenta que, além dos desafios iniciais esperados para estruturação de qualquer modalidade de investimento, o mergulho em estudos e capacitação voltados para o mercado de alimentação natural foi essencial para transformar a marca na potência que é hoje.

Com o entendimento das terapias alternativas, Ricardo descobriu que o modelo de loja da Nação Verde não poderia atuar, somente, na venda de suplementos. Para isso, a loja deveria ter uma proposta completamente natural, vendendo, além dos suplementos, alimentos e cosméticos naturais.

A Nação Verde hoje

franquia nação verde

Hoje, a Nação Verde se destaca ao oferecer aos clientes linhas completas de produtos alimentares e cosméticos, tudo com fabricação própria. Ao todo, são 250 itens disponíveis para venda, o que impulsiona a lucratividade das franquias acima da média do setor.

No mercado atual, a marca vem investindo em grandes plataformas digitais, voltadas para melhora de atuação dos franqueados. O projeto é oferecer um novo ambiente que abrigue ensino a distância, treinamento e informações detalhadas sobre os produtos.

O potencial de fabricação própria dos alimentos, suplementos e cosméticos também vem sendo ampliado. Ricardo Cruz aposta em estudos atuais realizados em diferentes países, com o objetivo de criar novos produtos e conferir maior credibilidade à marca no mercado brasileiro.

“Para a parte comercial, estamos focados em empreendedorismo e saúde, onde procuramos pequenos e microempreendedores para desenvolver o nosso modelo de franquias em todos o território nacional”, explica Cruz.

A expansão por franchising

Com a estruturação da unidade sede da Nação Verde, entre os anos de 2010 e 2012, Ricardo decidiu criar um sistema de treinamento, no qual os clientes poderiam ser atendidos com qualidade. A perspectiva de crescimento também era voltada para o aumento de pessoas consumindo alimentos mais saudáveis e naturais, não somente pensando no lado comercial e lucrativo de um modelo de empreendimento.

Em seguida, o empresário buscou mensageiros, pessoas entendidas por ele que poderiam transmitir a missão e a visão da Nação Verde para outras localidades brasileiras. Ricardo identificou perfis de empreendedores com propósitos similares com o seu, e decidiu que era a hora de transformar os mensageiros em franqueados.

A partir desse projeto, a marca desenvolveu seis modelos de franquia: microfranquia, franquia light, franquia compacta, modelo completo e super loja. As modalidades variam de acordo com a estrutura do negócio, além do valor de investimento. Os modelos vão desde o mais enxuto, até o de super loja, com estrutura de empório, cafeteria e lanchonete.

Para os franqueados, Ricardo afirma que é uma oportunidade para encontrarem uma carreira em que podem ser líderes. “[Com a franquia] tenho a chance de encontrar quem pensa igual a mim, que tenha o mesmo propósito de vida, fazendo com que a vontade de trabalhar seja ampliada e consiga atingir ainda mais pessoas”, conta.

Um dos pontos que proporcionam destaque para a Nação Verde no mercado, é o investimento em produção própria de alimentos, suplementos e cosméticos. Desenvolvidos com qualidade, a rede trabalha com opções de chás, temperos naturais, produtos sem adição de açúcar, sem glúten, sem lactose, opções vegetarianas e veganas.

A cafeteria, presente no modelo de franquia completa e de super loja, conquista o paladar dos clientes a partir da venda de cafés especiais. Os grãos passam por uma torra especial, proporcionando experiência única na degustação da bebida. A rede trabalha com três tipos de cafés, cultivados por pequenos produtores das regiões de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.

Para os próximos anos, os planos são de crescimento. A meta é de que a Nação Verde atinja a marca de 300 unidades franqueadas em todo o Brasil.

“Para mim, o resultado dessa escalabilidade é gerar uma vida melhor para as pessoas, onde elas possam ser mais felizes e consumirem melhores produtos”, finaliza Ricardo.

Para abrir uma franquia Nação Verde, o investimento parte de 75 mil reais.

Investimento total: a partir de R$ 75 mil
Taxa de franquia: R$ 35 mil a R$ 95 mil
Royalties: R$ 250 a R$ 1,5 mil (fixo)
Faturamento médio: R$ 25 mil a R$ 120 mil
Prazo de retorno: 24 a 48 meses

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