Mulheres no franchising: 6 cases de franqueadas de sucesso

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mulheres no franchising michele pergher
mulheres no franchising michele pergher

Substantivo masculino, o empreendedorismo vem sendo cada vez mais dominado pelas mulheres. Foi-se o tempo que o universo dos negócios era reservado somente aos homens. Atualmente, as mulheres no franchising têm renovado o cenário e demonstrado às marcas que a segregação de gênero é coisa do século passado.

Empresárias e franqueadas vêm conquistando espaço e excelentes resultados no mundo dos negócios. De acordo com pesquisas do Global Entrepreneurship Monitor, em 2016, o número de mulheres que trabalham em empreendimentos com pelo menos três anos de mercado cresceu 15,4%, enquanto o total de homens foi de 12,6%.

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Em cargos dentro de empresas, a presença feminina também é transformadora. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), informa que as mulheres ocupam 37% dos cargos de chefias do empresariado brasileiro. Mesmo sendo um resultado ainda muito distante da equidade de gênero, o número indica fortalecimento da conquista de espaço das mulheres.

Apenas a título de comparação, entre as décadas de 1940 e 1990, segundo o IBGE, as mulheres ativas no mercado de trabalho passaram de 2,8 milhões em 1940, para 22,8 milhões cinquenta anos mais tarde. Na década de 50, as mulheres ocupavam somente o setor primário da economia. Já nos anos 1990, 74% ocuparam também atividades do setor terciário, como saúde, educação ou serviços domésticos.

Ainda com crescimento distante do ideal se comparado com países da Europa, o avanço das mulheres na economia representa não somente conquista do mercado de trabalho, mais do que isso, corresponde à emancipação e empoderamento feminino. Dados de 2017 do Sebrae informam que o país conta, atualmente, com 7,9 milhões de empreendedoras. Entre os anos de 2003 e 2017, a presença das mulheres no empresariado cresceu 34%.

Perfil das mulheres no franchising

Camila Pacheco, sócia e consultora da Bluenumbers, comenta que a participação das mulheres no franchising revela um movimento crescente e, ao mesmo tempo, comum em qualquer setor da economia do país.

“Já não é de hoje que estudos mostram que as mulheres performam muito bem nessas posições e que as empresas lideradas por mulheres costumam ter excelentes resultados, tão bons (e em alguns casos até maiores) quanto as lideradas por homens. Recentemente li um estudo que destacava todas as competências que uma mulher adquire quando se torna mãe, e o reflexo positivo do uso dessas competências no trabalho. Esse é o tipo de reconhecimento que me deixa muito feliz, porque mercado de trabalho como um todo ainda é muito permeado por conceitos e valores machistas e patriarcais”, afirma Camila.

Esses resultados, de acordo com Camila, são capazes de impulsionar ainda mais a presença e atuação das mulheres – não somente no franchising, mas em amplos segmentos da sociedade.

Segundo estudo desenvolvido pelo Guia Franquias de Sucesso, no setor do franchising ainda há uma maior procura de homens por franquias, embora esse número esteja bem equilibrado. São 56% de homens versus 44% de mulheres interessados em investir.

Entre as mulheres, é maior o percentual de busca por franquias de até 10 mil reais – 57,42% das interessadas no setor procuram por modelos nessa faixa de investimento.

Já quando falamos em segmentos, aqueles em que há mais procura pelas mulheres são Alimentação, com 57,4%; seguido por Beleza e Saúde, com 49,7%; e Serviços, com 36,5%. O segmento de Cosméticos e Perfumes ocupa a quarta posição, com 34,2%, seguido por Roupas e Calçados, 31,7%.

Observando o mercado na prática, é possível encontrar muitas trajetórias de sucesso de franqueadas em diversos segmentos do franchising. Para que você conheça e se inspire na história de mulheres, trouxemos alguns cases de sucesso no setor. Confira!

Raquel Reis, franqueada do Instituto Pello Menos

mulheres no franchising - raquel reis - pello menos

Prestes a abrir a segunda unidade, Raquel Reis já é uma franqueada de destaque do Instituto Pello Menos. A loja de Raquel é a campeã da rede em número de clientes fidelizados: são mais de 1.500 clientes atendidos todos os meses.

Raquel abriu sua loja em Campo Grande, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, há três anos. Na época, ela trabalhava como gerente de banco e já conhecia o Pello Menos como cliente da rede.

“Saí do meu emprego no banco e decidi que investiria meu dinheiro abrindo minha própria franquia para ter uma fonte de renda. Meu marido já tinha uma outra franquia de uma rede de chocolates, que sempre deu um ótimo retorno, e me fez perceber que estar no franchising era uma ótima oportunidade”, afirma Raquel.

Na direção da franquia, Raquel se dedica a construir um ambiente de trabalho agradável para suas funcionárias e uma atmosfera perfeita para que os clientes se sintam bem e voltem à loja. Esse desempenho se reverteu em um alto índice de fidelização.

A unidade de Raquel é líder no número de clientes fidelizados no programa Assinante Vip do Pello Menos, plano de assinatura mensal para os serviços de depilação à cera da marca. Cerca de 20% da receita mensal da loja vem dos resultados desse programa.

“Hoje eu tenho uma rotina muito mais flexível. No primeiro ano tive um trabalho muito intenso: ficava integralmente na loja, atendia as clientes, fechava e abria a unidade, entre todas as outras funções que cabiam a mim como franqueada. Com o tempo, formei uma equipe de confiança que me permitiu ter um horário flexível. De qualquer forma, estou sempre presente na loja e visito o local quase todos os dias”, relata a franqueada.

Segundo Raquel, o faturamento mensal de sua unidade fica bem acima da média da rede, que é de 77 mil reais. Com o sucesso da unidade, a franqueada se prepara agora para abrir sua segunda loja, que também será instalada no Rio de Janeiro.

Atualmente, 67% das unidades de franquias do Instituto Pello Menos são lideradas por mulheres: são 28 franqueadas em um total de 42 lojas.

Cintia Moraes Azevedo de Sá, franqueada da Casa de Bolos

Foi a partir de um momento de frustração com o emprego que Cintia Moraes Azevedo de Sá tomou a decisão de abrir seu próprio negócio. Insatisfeita com a empresa na qual trabalhava, ela e uma amiga tiveram a ideia de empreender e começaram a pesquisar sobre franquias. Hoje, Cintia já conta com sete unidades de uma franquia de bolos e planeja abrir mais uma.

A trajetória de Cintia no franchising começou há mais de cinco anos, quando um jantar informal com uma amiga a levou a começar a busca por franquias.

“Quando surgiu a ideia de empreender, eu tinha um emprego em uma empresa na qual não acreditava. Em minha vida toda sempre trabalhei muito. Sempre me destacava pelo meu desenvolvimento e dedicação. Fui promovida várias vezes, porém sempre me via barrada por burocracias ou processos que eu não podia mudar, pois a empresa não era minha”, lembra Cintia.

A ideia de investir em uma franquia de bolos veio por indicação do namorado – Everson Amâncio dos Santos, hoje marido e sócio – que já era cliente da Casa de Bolos. A proposta de trabalhar com uma loja simples e bolos caseiros encantou Cintia, que mergulhou em pesquisas de mercado e começou a estudar opções para fazer o negócio acontecer.

“Antes de optar pela franquia, pensamos em fazer uma pesquisa e tentar abrir uma marca própria; afinal, é simplesmente vender bolo! Fomos em várias lojas da Casa de Bolos, de outras franquias e marcas próprias tirar informações. Porém, quando pesquisamos a fundo, vimos que não é tão simples assim. Fazer bolo em casa é uma coisa. Ter uma empresa, com funcionários, com normas, com qualidade, seguindo a lei e com a infraestrutura correta é outra coisa”, explica a franqueada.

Depois de decidirem pela franquia e passarem pelo processo de seleção da franqueadora, a amiga de Cintia desistiu da sociedade para continuar no emprego. “Trocar o certo pelo duvidoso é muito difícil. Mas, a esta altura, eu já tinha tomado uma decisão e, então, Everson e eu encaramos o desafio”, conta.

A aposta de Cintia deu resultado. A franqueada conta hoje com sete unidades, sendo três lojas de rua e quatro quiosques do Bolo Caseiro no Pote, modelo de quiosque exclusivo para franqueados da Casa de Bolos.

Em 2018, só as três lojas venderam mais de 190 mil bolos. Para este ano, a previsão é ainda melhor: segundo Cintia, com a inauguração dos quatro quiosques, as vendas aumentaram em torno de 11 mil bolos por mês.

Fátima Borges, franqueada da Terra Madre – Orgânicos e Saudáveis

mulheres no franchising fatima borges

Fátima Borges tem uma longa trajetória no mercado de trabalho, que a levou a liderar uma franquia de sucesso.

Aos 13 anos, Fátima teve seu primeiro emprego em uma loja especializada em itens de cristal. Aos 14, começou a auxiliar nos processos administrativos da loja. Posteriormente, trabalhou como bancária. Sempre trabalhando, Fátima graduou-se em três cursos superiores: administração, contabilidade e direito. Com uma carreira mais sólida, começou a trabalhar no Porto de Santos. A empreendedora trabalhou por 35 anos como executiva em uma multinacional e, a última empresa, passou 11 anos participando do administrativo.

Movida pelo gosto por trabalhar, Fátima começou a pensar em um plano B, com o desejo de atuar em um segmento em que ainda não havia sido explorado por ela. Em conjunto com colegas de trabalho, o objetivo era inaugurar uma franquia, com o intuito de administrar a unidade em paralelo com a carreira na multinacional.

A ideia inicial era abrir uma cafeteria, depois os planos mudaram para uma loja de chocolates. Após intensas pesquisas de mercado, Fátima chegou até o nicho de alimentação saudável e orgânicos, no qual obteve total identificação com o setor.

Fátima conheceu a Terra Madre, e recebeu atenção completa com informações sobre dados de mercado e tipo de suporte oferecido. Fátima e os amigos firmaram contrato com a rede em setembro de 2017 e, em março do ano seguinte, a franquia foi inaugurada. Alguns meses depois, a sociedade foi desfeita e a empreendedora assumiu sozinha a administração da unidade.

Fátima afirma que a nova rotina exige dedicação integral e estudos sobre o nicho de saudáveis, o que promoveu impacto positivo em sua vida. “Percebi que eu mesma precisava promover mudanças que me proporcionassem melhor qualidade de vida”, comenta a empreendedora.

Hoje, a loja de Fátima se destaca na região da baixada santista por trazer uma ampla variedade de produtos saudáveis, além de uma feira orgânica diária, cursos e workshops semanais.

A franqueada conseguiu atingir o ponto de equilíbrio no quinto mês de operação e vem registrando um faturamento médio mensal de 120 mil reais.

Juliana Páffaro, franqueada da Mania de Churrasco! Prime Steak House

case juliana paffaro mania de churrasco

Com formação em moda, negócios e marketing, Juliana Páffaro decidiu, aos 35 anos de idade, transformar o modo de atuação no mercado.

Como uma forma de mudança temporária, Juliana aceitou um trabalho em um e-commerce de produtos de luxo na Inglaterra, país que viveu durante os anos que finalizava um curso. A experiência no e-commerce foi positiva, entretanto, Juliana entendeu que não poderia encontrar realização profissional se trabalhasse a maior parte do tempo atrás de computadores. Enquanto vivia na Europa, a empreendedora entrou em contato com um novo movimento: crescimento das redes de alimentação que trabalham com o conceito de alimentos frescos e com rastreabilidade.

Foi então que Juliana decidiu apostar no nicho, buscando cursos de especialização na área. Ao retornar ao Brasil, estava determinada a investir em um modelo de negócio fast food saudável, que oferecesse rastreabilidade e manejo controlado. Na mesma época, a empreendedora conheceu o Mania de Churrasco!, que oferece aos empreendedores interessados em investir na marca modelo de negócio em parâmetros semelhantes ao que Juliana buscava.

A primeira unidade da rede foi inaugurada em 2015, já conquistando excelentes resultados. Atualmente, aos 40 anos de idade, Juliana administra três unidades franqueadas, localizadas no ABC Paulista.

Para o futuro, os planos são de crescimento: a empreendedora pretende continuar investindo em expansão por franquias.

Denise Poleta, franqueada da Gela Boca

Denise Poleta já tinha uma longa carreira como fotógrafa quando resolveu dar uma guinada na vida profissional e investir em franquia. Há pouco mais de dois anos desde a inauguração de sua primeira unidade franqueada, Denise já chegou a um faturamento anual de 1 milhão de reais.

A ideia de montar o próprio negócio veio depois de 30 anos de trabalho como fotógrafa. De olho nas mudanças do setor, Denise percebeu que o mercado de fotografia estava saturado depois do boom da fotografia digital. Ao buscar por oportunidades de negócio, a empreendedora resolveu investir no franchising por meio de uma franquia de sorvetes Gela Boca.

“Decidi investir em uma franquia devido ao know how e por ser um modelo de negócio já testado, o que facilita mais do que montar um negócio do zero. Escolhi a Gela Boca por meio da indicação de um amigo, e me identifiquei com o caráter familiar da rede”, conta Denise.

A franqueada abriu as portas de sua primeira sorveteria em dezembro de 2016 em Londrina, interior do Paraná. Satisfeita com os resultados do negócio, investiu na abertura de duas novas unidades, uma delas também em Londrina e outra em Ibiporã.

Uma das estratégias de sucesso de Denise é tocar as franquias entre família. Em sociedade com o marido e a filha, João Moreira e Amanda Moreira, a empresária tem planos para continuar crescendo na rede de sorveterias.

“Além de abrir novas lojas, planejo passar a administração das lojas para minhas duas filhas e, assim, consolidar como um negócio familiar”, revela.

Hoje, Denise tem três unidades em operação e um retorno positivo: em 2018, uma única loja rendeu o faturamento de 1 milhão de reais.

Michele Pergher, franqueada da Little Kickers

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Michele Pergher vivia na Austrália e decidiu fazer o caminho inverso de muitos brasileiros: regressou ao Brasil para tirar do papel um sonho de vida.

Por muitos anos, o objetivo de Michele foi empreender em um modelo de negócio transformador. Enquanto Michele viveu junto com o marido na Austrália, vivenciou experiências de trabalho como babá e representante farmacêutica. Ainda na Oceania, o marido teve o primeiro contato com a Little Kickers, rede de franquias de origem inglesa que aposta no mix de ensino de futebol e inglês para crianças entre um ano e meio e sete anos de idade.

O modelo de negócio foi importado para o Brasil por Michele, que apresentou aos brasileiros um programa guiado por treinadores capacitados em Educação Física. A metodologia de ensino da rede oferece aulas não convencionais de futebol, por meio do desenvolvimento de aptidões como trabalho em equipe, coordenação motora, agilidade, e o conhecimento da língua inglesa.

A empreitada foi um sucesso. Hoje, a unidade franqueada de Michele já conta com 600 alunos e a expectativa é de que esse número chegue a 750 até o final do ano.

Em 2018, a master franqueada faturou 355 mil reais. A projeção é de que o faturamento da franquia atinja 460 mil reais em 2019.

➥ Conheça histórias de sucesso de mulheres que mandam no franchising brasileiro

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