Quem deseja começar a investir em franquias, precisa conhecer as modalidades de operação de um negócio e as possibilidades que a marca franqueadora oferece – e abrir uma franquia no shopping é uma das opções mais buscadas nesse setor.
Existe uma gama de opções de modelos de franquias, como loja de rua, quiosque, food truck, franquias que possibilitam atuação home based, e até franquia virtual. Os modelos de franquias para shoppings fazem parte de 89% das franquias ativas no país e representam, mesmo em tempos de cenário econômico instável, uma possibilidade de investimento bem atrativo.
O especialista em varejo da AGR Consultores, Roberto Vautier, comenta que muitas franquias que operam em shoppings possuem um amplo cardápio de modelos de negócio, seja home based, quiosque, loja física ou até store in store, modelo que vem ganhando força no mercado brasileiro.
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“Neste caso, o franqueado precisa avaliar dados como o investimento inicial exigido, faturamento médio e prazo de retorno de investimento estimado para cada modelo”, aconselha o especialista.
Os modelos mais comuns para franquias em shoppings são os de loja e o de quiosque, que apresentam pontos positivos e alguns desafios a serem enfrentados pelo franqueado.
Vautier indica que as lojas exigem espaços maiores para instalação, o que possibilita que o franqueado tenha um estoque mais amplo e, consequentemente, um mix maior de produtos ofertados.
“Outro ponto positivo é a capacidade de oferecer uma experiência de consumo mais completa e personalizada. O franqueado pode executar ações que cativam o cliente, como degustações, atendimento diferenciado e interações com o produto”, completa o especialista.
Por outro lado, as lojas em shoppings centers exigem valores de investimento mais agressivos, tanto para inaugurar o negócio, como durante a manutenção da operação. Vautier aconselha o empreendedor a ficar de olho na duração do contrato, que tende ser mais longo para modelos de lojas.
Apesar do formato de loja ainda ser o mais comum quando falamos em franquias em shoppings centers, o modelo de quiosque vem crescendo no país. Com formato mais compacto, os quiosques aparecem como uma opção para quem busca um negócio com custo de investimento e manutenção bem mais reduzidos.
“Outro grande atrativo é a flexibilidade do formato já que exige menos espaço para instalação, permitindo se posicionar em corredores de alta circulação com os espaços já tomados pelas lojas. Boa parte das vendas em quiosques são geradas por impulso, graças a suas vitrines de 360 graus que facilitam a exposição e geram alta visibilidade de produtos para os consumidores”, afirma Vautier.
Mercado de shopping centers
Em cenário econômico e político de muita instabilidade, o fluxo de visitantes nos shoppings do país apresentou recuo de 3,48% em 2016, em comparação com o ano anterior. Os dados são do Índice de Visitas a Shopping Centers, desenvolvido pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), em parceria com a FX Retail Analytics, empresa responsável pelo monitoramento de fluxo do varejo.
Vautier comenta que o setor de shoppings sofreu um duro golpe com a queda do consumo. A vacância, que até 2013 apresentava valores inferiores a 3%, atualmente atingiu 7% – considerando empreendimentos maduros.
“Os novos empreendimentos, costumam ter taxas ainda maiores de vacância e consequentemente podem ter boas margens de negociação. De forma geral a crise favorece o empreendedor que irá abrir negociação com o shopping”, pontua o especialista.
Estar por dentro das atualizações do cenário econômico não são suficientes para abrir uma franquia em um shopping. O especialista comenta que o empreendedor precisa estar munido de informações preciosas, antes de adentrar neste segmento, como saber o preço do metro quadrado cobrado de lojas concorrentes e/ou do mesmo tamanho, conhecer as áreas disponíveis, o perfil do público do shopping, pesquisar quais são os corredores com maior e menor fluxo.
Para poder começar a operar dentro de um shopping, o franqueado terá que arcar com as luvas e, mensalmente, deverá pagar condomínio, aluguel e o fundo de promoção.
Vautier declara que o valor exato de uma loja varia muito de acordo com o tipo de atividade ou produto comercializado. “Na média, o preço do metro quadrado de um shopping em na capital de São Paulo custa 3 mil reais, mas pode chegar a 20 mil reais, dependendo do shopping e da localização da loja”, complementa.
O especialista ainda comenta que complexos mais maduros custam ainda mais caro, justamente pelo fato de já terem um público frequentador muito bem consolidado.
Ao ser questionado como a franqueadora pode facilitar a relação entre franqueado e administração do shopping, Vautier dá algumas dicas ao futuro franqueado: é importante observar onde estão localizados os possíveis concorrentes diretos, conhecer as áreas disponíveis e os custos de cada uma delas, além de mapear os locais em que os clientes alvo da marca circulam.
Consultar a franqueadora é outro ponto essencial para iniciar um negócio em um shopping. A franqueadora tende a ter uma maior experiência no processo de escolha dos pontos, o que pode aumentar as chances de sucesso do negócio.
Franquias para abrir no shopping
A seguir, você confere algumas opções de franquias para shoppings centers. Os dados de investimento e informações sobre as franquias são informados pela ABF ou pela própria empresa.